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domingo, 28 de dezembro de 2014

CARTA À DILMA

 
Meu nome é Ary Fontoura, sou brasileiro, tenho 81 anos, e exerço o ofício de ator. Acredito que, por também ser uma figura pública, Vossa Excelência tenha assistido algum dos meus trabalhos, seja no teatro, no cinema, ou na televisão. Visto que vivemos num país onde a liberdade de expressão é primazia, venho solicitar, através desta carta, me utilizando desta rede social, em nome de mais de duzentos milhões de brasileiros, a sua renúncia. Esforço-me, contudo, em explicar o meu pedido e, antes, permita-me algumas considerações.
Já vivi o bastante e ao longo de todos esses anos pude ver um grande número de presidenciáveis que, desde a Proclamação da República, seja por indicação direta das Forças Armadas, por movimentos revolucionários, por Golpe Militar, ou por voto direto, governaram este país. Assim como a Senhora, sobrevivi aos duros Anos de Chumbo e, confesso, fui um admirador dos companheiros, cujos ideais socialistas lutaram contra o Regime Militar. Mas, depois de todo esse tempo, ainda aguardo um grande Presidente para o nosso país. E acrescento que continuaremos sem tê-lo, enquanto houver um "telefone vermelho" entre Brasília e o Guarujá ou São Bernardo do Campo.
Em 24 de agosto de 1954, o Presidente Getúlio Vargas se matou em seu quarto com um tiro no peito. Na carta-testamento ele registrou: "Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada temo. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história", preferindo o suicídio a se submeter à humilhação que os adversários queriam com a sua renúncia.
Em 1961, o então Presidente Jânio Quadros, alegando "forças ocultas", renunciou e disse: "Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração".
No próximo dia 1º, Vossa Excelência subirá a Rampa do Planalto em direção à governança. No entanto, a subida será solitária, ainda que partidária e com bases aliadas. Mas saiba que duzentos milhões de brasileiros, mais uma vez, subirão com a Senhora, na esperança de se desenvolverem como cidadãos, e de ascenderem coletivamente num país melhor. Por isso, reforço o meu pedido inicial de "renúncia".
Como chefe maior dessa Nação, como Presidente ou Presidenta, renuncie à corrupção, aos corruptores, aos corrompíveis, aos corrompidos; renuncie à roubalheira política, aos escândalos na Petrobras; renuncie à falta de vergonha e aos salários elevados de muitos parlamentares; renuncie aos altos cargos tomados por ladrões; renuncie ao silêncio e ao "eu não sabia"; renuncie aos Mensaleiros; renuncie ao apadrinhamento político, aos parasitas, ao nepotismo; renuncie aos juros altos, aos impostos elevados, à volta da CPMF; renuncie à falta de planejamento, à economia estagnada; renuncie ao assistencialismo social eleitoreiro; renuncie à falta de saúde pública, de educação, de segurança (Unidade de Polícia Pacificadora não é orgulho para ninguém); renuncie ao desemprego; renuncie à miséria, à pobreza e à fome; renuncie aos companheiros políticos do passado, a velha forma de governar e, se necessário, renuncie ao PT.
Dizem que o Natal é uma época de trégua e que em Brasília a guerra só recomeça depois do Ano Novo. Para entrar na história, porém, não será necessário ser extremista como Getúlio e Jânio e renunciar a Presidência da República, mas será necessário não renunciar ao seu país, ao seu povo. Governe com os opositores, governe com autonomia. Faça o seu Natal ser particularmente inspirador e se permita que a sua história futura seja coerente com o seu passado, porque o brasileiro tem o coração cheio de sonhos e alma tomada de esperanças.
Votos de um Feliz Natal!
 
Ary Fontoura

DEU NA JOVEM FM

As redes sociais e vários blogs, nos últimos dias tem mostrado as receitas de vários municípios do Sul de Minas.

Poços de Caldas anunciou uma receita para 2015 de R$ 573 milhões de reais, Pouso Alegre , R$ 504 milhões , Varginha 314 milhões , Itajubá 170 milhões, e São Lourenço R$ 108 milhões.

E se tem questionado o porque desta disparidade, questionamento, por exemplo que foi feito ao Prefeito de Itajubá, Rodrigo Riera, quando da ultima entrevista que concedeu à Radio Jovem FM.

O Diretor da Radio, num “pitaco “, durante esta entrevista, disse-lhe que deveríamos separar as receitas anunciadas em duas partes : uma gerada pelos impostos dos produtos e serviços vendidos e prestados pelas empresas que estão estabelecidas na cidade. Estas contribuem para o progresso da cidade sem onerar os contribuintes de Itajubá, recolhendo os seus impostos.
A outra, por impostos pagos pelos seus habitantes . IPTU, ISS, ITBI etc.

Crescem bem e são saudáveis, as cidades que contribuem com a participação de seus impostos na receita do município. Outra maneira, de aumentar as receitas é através do aumento de impostos , aí sobrecarregando os cidadãos.

Também se pode crescer sobrecarregando as gerações futuras através de empréstimos, que nada mais são do que antecipação de impostos, que deverão ser pagos no futuro, por outras administrações.
Indagado sobre o nível de empregos em Itajubá, nos últimos anos, o Prefeito, contradísse a ideia de que perdemos empregos. Citou o caso do Cabelte e Cabelauto, que se uniram formando a Brasinco ( a holdeing ) , e das demais empresas de Itajubá, que adicionaram vagas de empregos de nossa cidade, aumentando seus efetivos, contrariamente ao que se tem propagado.

Não se tem dado infelizmente , a devida importância ao cargo de Secretario de Industria e Comércio, Ciência e Tecnologia. Desde a saída do engenheiro Adilson Primo, ( da Super Secretaría ), da saída da empresaria Leandra Machado, e agora do Engenheiro Ado Mauad, e o silencio imposto para os nomes da famosas três empresas que viriam para Itajubá, para não acirrar a concorrência, não nos foi dado saber de nenhuma outra que viesse ocupar , por exemplo terrenos do Parque Industrial II, ou da Vila Empresarial, ou do terreno da SIEMENS, ou do Parque Tecnológico, junto à UniFEI.

As obras feitas até agora na cidade, a nosso ver, não geram nenhuma receita, e são dedicados a melhorar a infraestrutura, como asfaltamento de ruas, parques, teatros , reforma de praças, ( como a Praça Central ), Hospital , creches, enfim, não vemos para os próximos dois anos nada que contribua para mudar este quadro.

Resta o apoio politico, que poderia ser obtido através da aprovação de emendas de parlamentares ligados a Itajubá. Nesta conturbada situação de nossa economia, cheia de déficits inexplicáveis , parece que serão difíceis de conseguir, mas não impossível, dada a experiência politica que tem os que ostentam o nome de sua família.

Este seria um belo item na pauta do CODIT ( Conselho de Desenvolvimento de Itajubá) , se o Prefeito decidisse reuni-lo e ouvi-lo.
 
Blog: Análise tranquila, verdadeira e até light.
 
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