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sábado, 13 de setembro de 2014

SOB A LUZ DE VELAS

 
Nada mais melancólico do que a retirada.
Sabe, já aconteceu com quase todo o mundo.
Costumamos esconder bem lá no fundo da gente.
Lembrar ? nem pensar. Dá vergonha de novo.
Você se entusiasmou, sei lá levado por qual razão.
A reserva foi deixada em cima da cadeira.
Sentiu-se infantilmente feliz.
Um baque e desentendimento momentâneo, quando uma alma boa e invisível lhe dá um toque no ombro como lhe sussurrasse no ouvido:
Saia de fininho. Retire-se. Você não está agradando. Sua hora passou. Você está sobrando.
Pânico. Vazio. Calafrio. O chão some. A luzes oscilam.
Enorme o caminho de volta. Pedras inoportunas. espinhos e sons de risos.
Lágrimas. Revolta. Humilhação.
Retirada. O que vou dizer em casa ? A verdade ?
Descartado. Seria passar pelo mesmo outra vez.
Prevalecerá a minha versão sobre a retirada.
Entendam.

John Chair

QUESTÃO DE FAIXADA

 
Sou naturalmente contra a criação e elevação de impostos. Sou primeiramente pela redução dos custos internos da Administração. É uma posição óbvia.
No caso da intenção da Prefeitura em cobrar uma taxa sobre publicidade que incide principalmente nos letreiros e placas fixados na frente dos comércios, não se trata de novidade.
Já consta do Código Tributário do Município.
E não se trata de uma taxa barata. Falamos de algo próximo de R$ 60,00/mês por metro linear.
Não tenho conhecimento de quando foi criada.
Como não foi cobrada até hoje ? Prevaricação ? Foi dispensada a arrecadação ?
Afirmou o competente Secretário Peter Renó que se a taxa não for cobrada a Prefeitura deixa de cumprir a Lei.
Desde quando ?
Em qualquer outro vilarejo do planeta a Câmara Municipal procuraria ver o que aconteceu. Mas claro, não estamos em qualquer vilarejo do planeta.
Esta certo o competente Secretário Peter Rennó em buscar recursos. Precisa também pedir para o Prefeito dar uma reduzida no quadro de assessores.
Na terrinha tudo se complica.
 
(Em cima de notícia do O Sul de Minas)

ER

O GRANDE MUDÃO

 
Está escrito: Nem só de repasses de ambulâncias, carros de polícia, cadeiras de rodas e de pequenas verbas publicadas advindas de emendas barganhadas que vivem os homens.
 
Nos últimos quatros, qual foi uma unicazinha manifestação do PT local sobre os temas locais. Jamais se manifestaram e se posicionaram sobre qualquer tema municipal.
 
O grande mudão. Não sei, não vi e não falei nada !
 
Falaram algo aumento de impostos, sobre os empréstimos do município, sobre denúncias, sobre o despejo do lixo de Santa Rita e outras na terrinha, sobre a taxa de esgoto, sobre rodeios, sobre a paralisia da Câmara Municipal, ou melhor, sobre a adesão quase total ao prefeito, sobre a saúde local, sobre o fechamento de indústrias, sobre a disseminação absoluta das drogas, sobre a falta de material escolar, sobre a ocupação de áreas de preservação permanente, sobre o absurdo do esfacelamento do Morro da Vila Izabel, da possibilidade de encerramento do monitoramento das enchentes, etc, etc, etc.
 
Seguem rigorosamente o Art. 1º da Cartilha do Lula e Dilma: "Não sei e não vi"
Chegam as eleições e lá vêm eles emergindo, não da planície, não dos pântanos, não dos morros íngremes, mas do conforto dos gabinetes climatizados, dos salões rosados engalanados, das mesas fartas, ternos cinturados, gravatas vermelho carmim e mocassins de couro de cabra.
 
Caminham pelas ruas sorridentes deixando escapar pelas testas, ligeiras gotículas de protetor solar.
 
E a vida...

ER          

MARINA

 
A grande verdade é que jamais assistimos  a uma tentativa de massacre tão abominável como o PT ( com a tímida ajuda do PSDB) está fazendo com a Marina.
Rolo compressor utilizando dos enormes e estapafúrdios tempos de horário político que possuem utilizando enorme quantidade de caixas de ressonâncias compradas.
Não perdoam sua origem, sua condição feminina, sua fé, seu aspecto físico e seus amigos ricos e cultos. Tentam e conseguem impingir na população o medo, através de mentiras, insinuando a perda de direitos conseguidos por todos os brasileiros.
Não se deve ganhar uma eleição cavalgando sobre adversários com mentiras.
Marina é uma brasileira como todos nós. Um pouco mais sofrida, um pouco mais preparada pela vida e reconhecida pelo seu trabalho e suas convicções nos grandes plenários do planeta.
Com esse comportamento, nesta campanha eleitoral o país estará dando um gigantesco passo para trás.
Lamento.
 
Viver é Perigoso

HISTÓRIA DA BOA VISTA

 
A história geológica mostra que as regiões sul e sudeste do Brasil já pertenceram a um dos maiores desertos em extensão da terra, isso há mais de 130 milhões de ano.
Por essa época, a América do Sul ainda estava unida à África, formando o supercontinente Gondwana. O rio Amazonas nascia ao norte da África e desembocava no oceano Pacífico. Com a ruptura do Gondwana, houve a elevação das cordilheiras dos Andes, o que provocou a alteração do curso do rio Amazonas.
Essa ruptura também deu origem ao oceano Atlântico e ao maior fluxo de lava da história da terra, que sepultou as areias do antigo deserto.
O clima desértico abrandou até desaparecer por completo e um novo regime de chuvas começou a dominar.
Dados e informações colhidas confirmam que a cidade de Itajubá foi um dia um árido deserto, com as mesmas características  do Kalahari que cobre a Namíbia e o Botswana.
Confirmado por antigos manuscritos a existência de Oásis de extrema valia situado nas atualizadas coordenadas 22º 25´30´´ de latitude sul, e 45º 27´20´´ a oeste do meridiano de Greemwich.
Era chamado do Oásis de Boa Vista.
 
Viver Cultura
 
 
 
  

ENQUANTO ISSO...

 
Os políticos não têm motoristas ou privilégios. Presentes de empresários, auxílio-paletó, recessos remunerados e verbas para gasolina e para assessores simplesmente não existem.
Nas Câmaras regionais, 94% dos escolhidos pelo povo não são remunerados. Portanto, nada de 14º e 15º salário.  
Muitos parlamentares, ministros e prefeitos viajam de trem ou de ônibus para o trabalho.
Os políticos não têm privilégios de uma elite cercada de bajuladores. A sociedade atingiu um patamar invejável de igualdade, transparência e educação.
A maior parte daqueles que assumem cargo eletivo, salvo aposentados e estudantes, trabalham como qualquer outro indivíduo. 
Os gabinetes parlamentares são espartanos e diminutos. Sem verbas indenizatórias para alugar escritório nas bases eleitorais, deputados  usam a própria casa, a sede local do partido ou a biblioteca pública para trabalhar

Cláudia Wallin
 
Blog: Calma ! A repórter fala sobre a Suécia. Falta um pouco ainda para chegarmos lá.
 
ER

PEQUENOS CONTOS


- Você viu se ela subiu ?
- Subiu para onde cara ?
- Pô cara, não se faça de bobo. Subiu para cima, para a rua nova, para a praça !
- Ah bom. Subiu sim. Já faz uma hora mais ou menos.
- Tudo isso ? e ainda não voltou ?
- Pelo que eu vi não. Aliás, quem não veria aquele anjo passar ?
- Que isso cara ! mais respeito !
- Ah ! deixa para lá. Você nem namorado dela é  !
- Não sou mais vou ser.
- Esquece cara. é muito areia para o seu caminhãozinho.
- Cara, ela estava com o uniforme do colégio ou vestido normal ?
- Nem um e nem outro. Estava de calça comprida lee e de blusa. O jeans estava bem justo.
- Você teve coragem de reparar ? Cara, você está pedindo para levar umas bolachas.
- Eh.. manezão. Vê se estuda e entra na engenharia. Nessa você não terá chance alguma.
- Quando ela passou você reparou se ela estava triste ou alegre ?
- Ela estava com os cabelos presos e um certo sorriso nos lábios.
- PQP ! não se pode confiar em ninguém ! Em pleno depois do almoço e rindo solto na Miguel Braga ? Vou romper com ela !
- Calma cara. Romper como se ela ainda nem sabe que você existe ?
- Sabe muito bem sim da minha existência. Num domingo ela me pediu licença para passar no corredor da Igreja São José, em plena missa das oito. E tenho testemunha. Outra vez, no armazém do Sr. Guilherme Cardoso permiti que ela fizesse a compra na minha frente. Ao sair ela me olhou e disse um doce obrigado.
- Éh... não quero ser pessimista não, mas estou achando pouco para quase um ano de paixão.
- Esta certo. No sábado na praça eu irei falar com ela e abrir o jogo. Não dá mais.
- Boa decisão. Mas convém que o estudante que vem descendo ali, de mãos dadas com ela, não esteja por perto.
- Ei ! Ei ! me ajudem aqui. O Luís teve um troço.

É a vida