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segunda-feira, 21 de julho de 2014

FRASE ABOBRINHA DO DIA

 
Pelo o que eu sei esse tal de mercado internacional nunca votou em você Dilma e nunca votou em mim. Quem vota na gente é o povo, cujo único mercado que conhece é onde compra feijão".

Lula

PAIXÕES PERIGOSAS

Henrique Meirelles é dotado de grande competência. Foi, durante anos, presidente do Banco Central e escreve aos domingos na Folha. Ontem foi publicado o "paixões perigosas". Interessante.
 
"Um dos aspectos mais relevantes em qualquer gestão –pública, privada ou esportiva– é o processo de tomada de decisões. Os graves problemas enfrentados pela Argentina em consequência de seu calote, os prejuízos e multas bilionárias pagas por bancos americanos por erros na crise de 2008 e as espetaculares derrotas da seleção para a Alemanha e a Holanda têm dimensões, implicações e significados muito diversos. Mas, analisando os processos decisórios, concluímos que sucessos e desastres são gerados por sequência de decisões com características comuns.
As decisões bem-sucedidas têm, com frequência, duas características:
1) São tomadas com serenidade e análise rigorosa de dados e baseadas nos fatos e nas melhores evidências sobre o caminho a seguir.
2) O gestor monitora de perto o resultado das decisões e a evolução do cenário, sempre pronto para, a qualquer momento, mudar de curso ou revertê-lo se as medidas gerarem resultados negativos.
Um processo decisório tenderá ao fracasso quando o gestor tomar com frequência decisões passionais e egocêntricas, priorizando preferências pessoais, emocionais, ideológicas ou políticas. São fatores que contaminam a análise e causam perda de foco em relação aos dados da realidade.
Outro gerador de fracasso aparece quando o gestor adota postura de torcedor emocionado da própria decisão. Vemos isso na gestão de política econômica e de grandes instituições, que levam a crises nacionais de grande gravidade. O mesmo ocorre no esporte e em outros campos.
A recusa em reconhecer o fracasso e a necessidade de mudança caracterizam os processos decisórios baseados em ideias preconcebidas e posições ideológicas, que se sobrepõem à análise serena e realista dos fatos.
Mas não existem verdades absolutas. As pesquisas trazem muitas vezes resultados diferentes e estão em revisão constante. Além disso, a realidade é complexa e mutante. Por isso, as decisões estão sempre sujeitas a erro e devem ter seus resultados monitorados continuamente, buscando reduzir aspectos passionais ao menor nível possível.
Cada um pode ser tão passional quanto desejar no seu processo de decisão somente quando o tomador da decisão arcar com as consequências. Mas é grave deixar decisões que influenciam grande número de pessoas serem tomadas de forma emocional, passional ou ideológica."
 
Henrique Meirelles - Folha

VENTOS DE GUERRA


Deu na  Folha de ontem, em manchete, que o Governo de Minas construiu  no município de Cláudio um aeroporto (pista de pouso de 1.000 metros) dentro da fazenda de um parente do ex-governador e atual candidato a presidente, Aécio Neves.
O governo mineiro teria gasto na obra, perto de R$ 14 milhões.
O aeroporto foi construído a 7 km da cidade. Na época de sua construção já existia o aeroporto de Divinópolis a 50 km.
O governo pressionado, informou que a área foi desapropriada do tio do Aécio por R$ 1 milhão. Valor depositado em juízo por o proprietário ter achado subavaliado.
As obras foram concluídas em outubro de 2010.  Os próprios familiares do Senador Aécio estão de posse das chaves dos portões do campo de pouso.  
O empreendimento não têm funcionários  e sua operação é considerada irregular pela ANAC
No atual momento político o assunto vai exigir explicações.
O tema "aeroportos no interior" pode passar pela terrinha e provocar ruídos semelhantes.
A área do aeroporto que está sendo construído pelo governo de Minas em Itajubá, pertencia, em grande parte, ao Estado.
O projeto foi aprovado e licitado. O assunto foi suspenso, por razões diversas, por uns tempos. Nesse interim, o Estado (um órgão) vendeu a área para um grupo de empresários investidores.
O projeto voltou a tona quando da expansão da Helibrás.
O Estado retomou o projeto de reconstrução e logicamente, teve que recomprar a área que havia sido vendido para particulares um pouco antes.
Para o regozijo dos itajubenses o governo mineiro providenciou nova licitação, ganha coincidentemente pela mesma empresa que havia ganho a licitação anterior.
A obra segue avante.
Onde estaria o busílis ?
Na venda da área pelo Estado e quase imediata recompra.
Má fé ? Creio que não. Simplesmente ausência de visão dos administradores do Estado.
E segue o jogo.
 
ER

CUMPANHEIRO PUTIN