Depois de centenas de anos como assinante e leitor diário da Folha de São Paulo, resolvi mudar. Aliás, fui mais ou menos incentivado.
Numa conversa vadia, uma amiga querida observou que eu ando muito com cara de "Folha".
Até aí, tudo bem. Pode ser. Alguma coisa a gente sempre absorve.
Realmente não estava gostando muito da Folha desde as últimas eleições.
Dispensei a renovação da assinatura anual que vence em dezembro.
Como era de se esperar, em princípio, não aceitaram.
Liga alguém e diz que não podem me perder como assinante (devem dizer para meio mundo).
Confirmei a minha retirada.
Liga outro, talvez mais graduado, e oferece três meses de jornal grátis para que eu possa repensar no assunto.
Confirmei a minha retirada.
Hoje, liga outro, acredito eu, ainda mais graduado, insistindo na continuação do relacionamento.
Confirmei a minha retirada e penso que não ligarão mais depois da apresentação da minha justificativa:
- Estou precisando de renovação de ideias, de pensamento, de rever posições, buscar outras saidas. Busco o novo. Estou indo para o "Estadão", disse eu ao gentil interlocutor.
De imediato ouvi o sinal de ocupado no telefone.
Também, depois desse argumento...
É a vida...
ER
2 comentários:
Zelador,
também sempre fui "folheiro", "folhista" ou o que o valha.
Sempre tive a sensação de que o Estadão sujava as mãos, literalmente.
Mas nestas eleições a Folha pegou pesado. Não senti a mesma segurança, tampouco a mesma isenção de outrora.
E, para piorar, saíram com Eliane Cantanhede e Marcelo Gleiser (este tem obras fantásticas, recomendo "A ilha do conhecimento", que estou quase terminando). Foi, de fato, a gota d´água.
Você tem razão em tê-la abandonado.
Mas minha dependência ainda é forte. Adoro aquela "tipologia" e aquele jeito paulistano de contar histórias. Ajuda a matar as saudades da terra da garoa!
Vou levando. Quem sabe seja apenas uma crise e tudo volte às boas.
Ou terei de sujar minhas mãos com o Estadão. Será menos pior do que a desilusão pelo abandono forçado!
Um abraço,
Laissez Faire
Ta na hora de mudarem também de jornais do Estado e da TERRINHA. Ta feio , muito feio.
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