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sábado, 13 de setembro de 2014

PEQUENOS CONTOS


- Você viu se ela subiu ?
- Subiu para onde cara ?
- Pô cara, não se faça de bobo. Subiu para cima, para a rua nova, para a praça !
- Ah bom. Subiu sim. Já faz uma hora mais ou menos.
- Tudo isso ? e ainda não voltou ?
- Pelo que eu vi não. Aliás, quem não veria aquele anjo passar ?
- Que isso cara ! mais respeito !
- Ah ! deixa para lá. Você nem namorado dela é  !
- Não sou mais vou ser.
- Esquece cara. é muito areia para o seu caminhãozinho.
- Cara, ela estava com o uniforme do colégio ou vestido normal ?
- Nem um e nem outro. Estava de calça comprida lee e de blusa. O jeans estava bem justo.
- Você teve coragem de reparar ? Cara, você está pedindo para levar umas bolachas.
- Eh.. manezão. Vê se estuda e entra na engenharia. Nessa você não terá chance alguma.
- Quando ela passou você reparou se ela estava triste ou alegre ?
- Ela estava com os cabelos presos e um certo sorriso nos lábios.
- PQP ! não se pode confiar em ninguém ! Em pleno depois do almoço e rindo solto na Miguel Braga ? Vou romper com ela !
- Calma cara. Romper como se ela ainda nem sabe que você existe ?
- Sabe muito bem sim da minha existência. Num domingo ela me pediu licença para passar no corredor da Igreja São José, em plena missa das oito. E tenho testemunha. Outra vez, no armazém do Sr. Guilherme Cardoso permiti que ela fizesse a compra na minha frente. Ao sair ela me olhou e disse um doce obrigado.
- Éh... não quero ser pessimista não, mas estou achando pouco para quase um ano de paixão.
- Esta certo. No sábado na praça eu irei falar com ela e abrir o jogo. Não dá mais.
- Boa decisão. Mas convém que o estudante que vem descendo ali, de mãos dadas com ela, não esteja por perto.
- Ei ! Ei ! me ajudem aqui. O Luís teve um troço.

É a vida  

 

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