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segunda-feira, 2 de junho de 2014

CORRENDO O CHAPÉU

 
A situação dos municípios brasileiros é difícil. Todos sabem. E deve ficar ainda mais difícil. Tudo indica que, qualquer que seja o eleito para presidente, o ano de 2015 será de arrumação da casa. Assumir compromissos é correr riscos.
 
A Câmara Municipal aprovará na reunião de amanhã (em primeiro turno), os Projetos 3987, 3988 e 3989, encaminhados pelo Executivo.
Dizem respeito a autorização para tomada de empréstimos. 
O 3987 busca emprestar R$ 3 milhões do Banco do Brasil
O 3988 busca emprestar R$ 11,5 milhões da Caixa Econômica Federal
O 3989 busca emprestar R$ 3 milhões do BDMG
Total de R$ 17,5 milhões.
 
O 3989, de R$ 3 milhões (BDMG) objetiva a compra de máquinas e equipamentos, próprios para intervenção em vias publicas. Normal.
 
Os de números 3987 (do Banco do Brasil) e 3988 (Caixa Econômica Federal), totalizando R$ 14,5 milhões, tudo indica, objetivam somar recursos para atender a exigência de contrapartida do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal.
 
Resumindo, o 3989 não tem, praticamente, nenhuma ligação com os 3987 e 3988.
 
O empréstimo de R$ 14,5 milhões é empréstimo para conseguir o PAC, que imagino não ser recurso a fundo perdido.
 
Não sei quantos milhões a Prefeitura apresentou para obter as obras do PAC. Como nossos administradores são jovens sonhadores, devem ter pleiteado uns R$ 100 milhões esperando conseguir uns R$ 50 milhões.
 
Na realidade, municípios do porte da terrinha, conseguem (quando acontece), ver atendido, dez por cento do apresentado.
 
Os Bancos não correm risco nenhum, uma vez que o desconto das parcelas para pagamento é executado na fonte (como os empréstimos para aposentados).
 
O Tesouro tem que verificar e aprovar a capacidade de pagamento do município. O porte das obras é em função disso.
 
A vaca tosse é na hora da indicação política para aprovação do PAC. Obrigatoriamente tem que passar pelo aval do PT ou dos seus aliados. O partido do nosso Prefeito (PMDB) é aliado, muito embora, imagine que a nossa Administração penda para, mesmo timidamente, subir no caminhão aecista.
 
Aí estarão o Ulisses (mesmo sendo Deputado Estadual) e o Odair Cunha para vigiar.
 
Dentro do espírito dos novos tempos, a Administração  ficaria bem no filme, se deixasse tudo claro. Nós poderíamos, conhecendo os detalhes, torcer para que tudo desse certo.
 
A Câmara...ah! deixa eles sossegados.
 
ER   


  

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