Sinceramente não recomendaria a leitura do livro "Memórias de Uma Guerra Suja", com o depoimento de Cláudio Guerra, ex - Delegado do Dops, feito aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros. Editora Topbooks, 291 pags.
Guerra foi o principal agente de um grupo de militares (fora da cadeia de comando oficial das Forças Armadas). No início, eles foram autorizados pelo Governo Federal a promover a matança e o aniquilamento da esquerda, o que incluia o desaparecimento dos corpos as vítimas. Seu nome não está em nenhuma das listas de agentes torturadores, feitas pelas organizações de esquerda, porque na verdade ele nunca torturou ninguém: sua missão era matar.
Curiosidade: A morte do famoso (tristemente) Delegado Sérgio Fleury, noticiada como decorrente de um acidente no píer do Iate Clube de Ilha Bela, foi na verdade uma operação "queima de arquivo". O delegado Fleury, ao passar de um barco para outro, à noite, teria caído no mar e se afogado.
Teria sido socorrido ainda com vida. Foi atendido, segundo o livro, pelo Dr. Mathuzalém Vilela, mineiro de Itajubá e na época, único médico da Santa Casa de Ilhabela.
Em tempo: O Cláudio Guerra cumpre pena de prisão no Espírito Santo, condenado que foi, por outro crime.
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