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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

XADREZ - TENDÊNCIA DA ESTAÇÃO


Clarin da Boa Vista - Moda

BLACK FRIDAY



A Petrobras anunciou que o preço da gasolina vai aumentar 4% e o do diesel sobe 8%. O aumento vale a partir de zero hora deste sábado (30). O percentual de reajuste será aplicado nas refinarias. Nas bombas dos postos, para o consumidor final, os novos preços devem ficar próximos disso.
 
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É DISSO QUE EU GOSTO


TOMOU O BARCO

 
Tomou o barco hoje na terrinha a Senhora Maria de Lourdes Coelho Picard. Para todos nós, a querida Dona Lourdinha. Uma mulher além do seu tempo.
Filha do Dr. José Ernesto e Dona Emília Sanches Coelho. Irmã de muitos cidadãos honrados e participantes da nossa comunidade.
Dona Lourdinha nasceu em 24/05/1925 no município de Cabo Verde.
Participou ativamente na construção da Granja Wenceslau Neto. Foi professora no Colégio Sagrado Coração de Jesus, diretora do Colégio Itajubá, do Instituto Padre Nicolau e da Escola de Química.
A pedido do Dr. Wenceslau Braz foi candidata a vereadora, tendo sido eleita em 1962, quando foi o prefeito o Sr. José Maria Campos.
Causou-se em 1965 com o ex-padre Agostinho Picard, também a quem Itajubá muito ficou devendo.
Dona Lourdinha e Agostinho casaram-se com o consentimento de Roma, numa autorização especial concedida pelo Papa João Paulo VI.
Vivendo no Rio de Janeiro, dirigiram o Colégio Primeiro de Setembro. Voltaram para Itajubá, aposentados, em 1975.
A atuação do casal foi relevante nos setores da saúde, assistência social e educação.
Marcante personalidade.
Tive a honra de conhecer a Dona Lourdinha ainda no início dos anos 60, como Diretora do Colégio Itajubá. De 1987 em diante, quando voltei a residir na terrinha, tive a oportunidade de conversar e participar ao seu lado de diversas campanhas políticas.
Uma pessoa querida.
É a vida.

(Trechos do livro Colar de Pérolas )

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EM BRASÍLIA

O Senado realiza nesta sexta-feira (29), a partir das 14h, sessão especial destinada a comemorar o centenário de fundação da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). A homenagem foi requerida pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) com apoio de vários outros senadores.
Na justificação do requerimento, Delcídio informa que, em 23 de novembro de 1913 foi inaugurado, com participação do presidente Hermes da Fonseca, o Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá (Iemi), no sudoeste de Minas Gerais, que daria origem à atual Unifei.
Para Delcídio, a homenagem é merecida pelo “pioneirismo e relevância histórica” da instituição e por “toda sua enorme contribuição ao ensino e ao desenvolvimento da Engenharia e de diversas outras áreas científicas e tecnológicas no país”.
Atualmente, a Unifei tem, além do campus em Itajubá, um campus na cidade de Itabira. A universidade é reconhecida pela qualidade de seus 31 cursos de graduação e 16 de pós-graduação, que atendem cerca de oito mil alunos.

Senado Federal

PACATO CIDADÃO


PERFUME DE GARDENIA



Eu estava numa prosaica sala de espera, sozinho. De repente a porta se abre e entra um senhor, de cabeça totalmente branca como a minha e muito bem vestido, terno absolutamente impecável. Chegou cantarolando algo, baixinho mas audível. Finca o olhar nos meus óculos ao perguntar se eu conhecia a música.
- Naturalmente - respondi - "Perfume de Gardênia".
Ele levantou as sobrancelhas, surpreso, e mais surpreso ainda ficou, pois prossegui:
- Não sei se algum outro artista gravou, mas este bolero só fez sucesso na voz de Bienvenido Granda.
 Logo o senhor sentou e me disse sofrer sérias crises de nostalgia, que o levam, invariavelmente, a escutar, solitário, em casa, sucessos musicais antigos.
 - Do meu tempo, certo? - Observou.
- Certo - respondi - e do meu também. Mas você escuta sem companhia por que?
- Bom - ele ajeitou o guarda-chuva no encosto da cadeira - é que minha mulher já foi pro céu; dos meus dois filhos tenho notícias apenas de vez em quando; um mora no Rio de Janeiro e o outro em Nova Iorque.
Na continuação falamos ainda de três ou quatro coisas, e como ele, por incrível que pareça, era mais velho do que eu, cedi lugar para que fosse atendido primeiro. Depois, assim que o simpático cidadão saiu, não pude evitar ser tomado por espécie de solidariedade com o camarada. Até me passou pela cabeça convida-lo para um café ou algo do gênero, porém acabei por vê-lo ir embora a empunhar seu guarda-chuva. Da porta, antes de dar o tchau, acentuou:
- Acho que só nós dois, aqui em Campinas, sentimos, em algum momento de nossas vidas, o "Perfume de Gardênia".
Eu ia acrescentar que necessariamente com o acima citado cantar cubano, porém não houve tempo.
Claro que há outros veteranos por aí que conhecem os boleros d’antanho. Frequentadores dos salões dos anos 50, quando Benvenido Granda e Trio Los Panchos embalavam amores de folhetim e bebedeiras homéricas. Desta forma foi natural que começasse a construir, em minha cabeça, a figura do recente companheiro de sala de espera envolvido em fundas saudades quem sabe da esposa que, segundo me disse, morrera.
A letra de "Perfume de Gardênia" é exemplar na construção da figura de mulher que se enquadrava perfeitamente às histórias das galanterias de certo tempo. Afinal, com versos muito inspirados, o porto-riquenho Rafael Hernandez Marin começa afirmando que a moça que o conduziu a escrever a canção tinha na boca perfume da flor gardênia que seria, na opinião dele, o aroma do amor. Adiante acentua que o sorriso da criatura era todo feito de alegres notas, e que ela levava na alma virginal pureza. Convenhamos que tudo isso representa um rol e tanto de qualidades; que, com certeza, arrancavam suspiros não só em bailes para as moças de família como também nos feitos para as frequentadoras de nem sempre afamados cabarés.
Durante o dia inteiro, por causa do acidental encontro na sala de espera, fiquei com aquilo na cabeça, chegando mesmo a recordar outros sucessos de Bienvenido, como "Percal", "Angústia", "Sonhar", "Teu Preço", "En la Orilla del Mar" etc. etc. Ao fim e ao cabo me convenci de que o idoso senhor que estivera comigo deveria estar passando por fase de grande sofrimento; o que, aliás, ficou exposto no instante em que entrou na sala a solfejar o bolero capaz de levar a tantas lembranças. Cheguei, por fim, a concluir que caso tivesse o endereço do camarada iria a casa dele; para, a comentar coisas do passado, quem sabe proporcionar-lhe alguns momentos de fuga a eventuais angústias.
No fim da tarde, ainda meio abalado pelas prováveis dores do cidadão com quem trocara apenas breves palavras, resolvi despencar no Bar do Seu Fernando, na rua Piedade, para aliviar a cabeça. Todavia, era lá que estava a maior surpresa. Pois, mal entro, avisto, a um canto, numa mesa, o senhor da sala de espera acompanhado de linda jovem que certamente não era sua neta. Ao me ver ele abre riso luminoso; e acena. Como a beldade estava de costas, apontei, ao perguntar:
- Perfume de Gardênia?
Ele respondeu que não, balançando o indicador; após acrescenta, a mostrar os dedos da mão direita:
- Chanel. Número Cinco...

Publicado pelo Brickmann - De Antonio Contente, cronista, escritor que acaba de ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.
 
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PRÁ PENSAR

 
 
Governos hiperativos e com excesso de iniciativas - por mero populismo ou porque acham que entendem mais da realidade do trabalho e dos negócios - facilmente entram em pânico e geram um clima de insegurança e apreensão na sociedade.

Josef Barat

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

  Leila Diniz - 1971 (Foto de Evandro Teixeira)

SUBINDO