Desde o início dos anos 50, incentivado pelo meu pai, habituei-me a ler diariamente os jornais. Passei pelo "O Jornal", "Diário de Notícias", "Correio da Manhã", "Folha Ilustrada", "O Globo", "Jornal do Brasil", "Estadão", "Jornal da Tarde", o cor de rosa "Jornal dos Sports" e ´sou, há séculos, assinante da Folha.
O melhor de todos, durante certa época, foi o "Jornal do Brasil". Acompanhei-o até o fim (edição impressa).
De 78 a 82, morando em Manaus, fui assinante do "O Sul de Minas", que coincidentemente nasceu poucos meses antes do Zelador (1947).
As coisas não caminham bem para os diários impressos.
Notícias dão conta de que o "Washington Post" colocou à venda sua sede nos Estados Unidos. O tradicional " Estado de Minas" também busca um comprador para o edifício onde está instalada sua redação na Avenida Getúlio Vargas, num dos pontos mais valorizados de Belo Horizonte.
Ontem, o jornal Estado de S. Paulo anunciou uma reestruturação editorial, com o fechamento de diversos cadernos e a demissão de vários jornalistas. Como todos os outros, deve enfrentar custos crescentes, queda de circulação e diminuição da receita publicitária.
Hoje, tomamos conhecimento do afastamento de circulação do tradicional semanário "O Sul de Minas". Está sendo substituído pelo "Sul de Minas", seguindo com o mesmo responsável (Santiago) e possivelmente com a mesma equipe.
Jornal com nome forte que, caso aconteça algum acordo comercial, poderá voltar a circular em qualquer cidade da região. (vai ser dose ler "O Sul de Minas" de Pouso Alegre).
No meu pouco entendimento do assunto, creio que os jornais semanais locais sobreviverão.
Já os diários nacionais terão que fazer das tripas o coração para sobreviverem. No futuro também serão semanais e cuidarão da análise dos acontecimentos. Não serão obrigatoriamente noticiosos.
A internet é devastadora, inclusive dando oportunidade para um leigo palpitar sobre questão tão especializada.
É a vida.
ER