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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DURO DE LER

Sinceramente não recomendaria a leitura do livro "Memórias de Uma Guerra Suja", com o depoimento de Cláudio Guerra, ex - Delegado do Dops, feito aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros. Editora Topbooks, 291 pags.
Guerra foi o principal agente de um grupo de militares (fora da cadeia de comando oficial das Forças Armadas). No início, eles foram autorizados pelo Governo Federal a promover a matança e o aniquilamento da esquerda, o que incluia o desaparecimento dos corpos as vítimas. Seu nome não está em nenhuma das listas de agentes torturadores, feitas pelas organizações de esquerda, porque na verdade ele nunca torturou ninguém: sua missão era matar.
 
Curiosidade: A morte do famoso (tristemente) Delegado Sérgio Fleury, noticiada como decorrente de um acidente no píer do Iate Clube de Ilha Bela, foi na verdade uma operação "queima de arquivo".   O delegado Fleury, ao passar de um barco para outro, à noite, teria caído no mar e se afogado.
Teria sido socorrido ainda com vida. Foi atendido, segundo o livro, pelo Dr. Mathuzalém Vilela, mineiro de Itajubá e na época, único médico da Santa Casa de Ilhabela.
Em tempo: O Cláudio Guerra cumpre pena de prisão no Espírito Santo, condenado que foi, por outro crime.

ER
  

2 comentários:

Anônimo disse...

Estou lendo Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt. Acho que a lógica é a mesma, talvez o protagonismo não seja do mal naquela forma monstruosa e maniqueista que julgamos existir, mas uma maldade vil e desinteressada que favorece a banalização de tudo o que é ruim.
Quando eu terminar, te conto.

Grande abraço,

Laissez Faire

PS: ótima passagem a você e aos seus!!!

Edson Riera disse...

Laissez Faire,

Você tem dado uma contribuição legal para todos nós com os seus abalizados comentários. Aguardo o sobre o Eichmann justiçado pelos judeus.
Um abraço e um 2014 conforme suas expectativas.
Edson