Translate

domingo, 7 de abril de 2013

CEMITÉRIO DE ELEFANTES

Desde o início dos anos 50, incentivado pelo meu pai, habituei-me a ler diariamente os jornais. Passei pelo "O Jornal", "Diário de Notícias", "Correio da Manhã", "Folha Ilustrada", "O Globo", "Jornal do Brasil", "Estadão", "Jornal da Tarde", o cor de rosa "Jornal dos Sports"  e ´sou, há séculos, assinante da Folha.
O melhor de todos, durante certa época, foi o "Jornal do Brasil". Acompanhei-o até o fim  (edição impressa).
De 78 a 82, morando em Manaus, fui assinante do "O Sul de Minas", que coincidentemente nasceu poucos meses antes do Zelador (1947).
As coisas não caminham bem para os diários impressos.
Notícias dão conta de  que o "Washington Post" colocou à venda sua sede nos Estados Unidos. O tradicional " Estado de Minas" também busca um comprador para o edifício onde está instalada sua redação na Avenida Getúlio Vargas, num dos pontos mais valorizados de Belo Horizonte. 
Ontem, o jornal Estado de S. Paulo anunciou uma reestruturação editorial, com o fechamento de diversos cadernos e a demissão de vários jornalistas. Como todos os outros, deve enfrentar custos crescentes, queda de circulação e diminuição da receita publicitária.
Hoje, tomamos conhecimento do afastamento de circulação do tradicional semanário "O Sul de Minas". Está sendo substituído pelo "Sul de Minas", seguindo com o mesmo responsável (Santiago) e possivelmente com a mesma equipe.
Jornal com nome forte que, caso aconteça algum acordo comercial, poderá voltar a circular em qualquer cidade da região. (vai ser dose ler "O Sul de Minas" de Pouso Alegre).
No meu pouco entendimento do assunto, creio que os jornais semanais locais sobreviverão.
Já os diários nacionais terão que fazer das tripas o coração para sobreviverem. No futuro também serão semanais e cuidarão da análise dos acontecimentos. Não serão obrigatoriamente noticiosos.
A internet é devastadora, inclusive dando oportunidade para um leigo palpitar sobre questão tão especializada.
É a vida.
 
ER 
 
 
 

3 comentários:

Anônimo disse...

Zelador vc expressou muito bem sobre o assunto, mas no caso do O S M ter parado sua circulação, o motivo é muito diferente.
Em toda existência do jornal, OSM nunca deixou de sair uma única vez, e agora o fato acontece porque o citado cidadão simplesmente o tornou inviável com sua maneira atípica de tratativas comerciais e pessoais.
O jornal vinha circulando sem propagandas que o pudesse manter e pagar o aluguel de suas dependências, além , é claro de seus funcionários.
Usar o nome "Sul de Minas" em plágio é falta de ética , e condenável atitude em se tratando de quem na cidade tem se colocado como juiz da moral e bons costumes. É lamentável o acontecimento , e mais ainda o que virá daqui para frente.
Vamos aguardar, pois nesta vida o que aqui fazemos de mal, aqui cedo o tarde pagamos.

Anônimo disse...

Edson, juro por tudo que é mais sagrado, que eu queria dizer a mesma coisa que o anônimo escreveu aí, porque minha família assinou o Jornal O Sul de Minas por décadas, e há alguns anos interrompeu e nem lê- lo o faz mais.
É triste, mas melhor assim porque agora muitos que o manteram podem descansar em paz.

Observador

Anônimo disse...

Quando os padres deram a concessão do jornal falei para muitos , que o jornal seria usado para fins de vingança pessoal e que seu fim era questão de tempo.
Sempre tive o cuidado de desviar dos donos da verdade, que ordenam tudo e são piores que todos.

L.T