Nos bons tempos, o melhor e mais categorizado salão de bilhar da terrinha, funcionava na esquina da Rua Dona Maria Carneiro com a Miguel Braga. Em cima do Bar Café Hélio.
Era comandado pelo Gerônimo e frequentado pelos "tacos de ouro" da cidade (Alípio, Tininho, Gaúcho, Sylvio Riera). Em partidas apostadas era cobrado o "barato", uma porcentagem sobre a aposta.
Em partidas de "rabos grossos" para passar o tempo, o aluguel das mesas era por hora.
Jogava-se basicamente a famosa "sinuca", com uma bola vermelha (1), amarela (2), verde (3), marron (4), azul (5), rosa (6) e a mágica bola preta (7).
Quem perdia a partida ou a "melhor de três" era obrigado a pagar o tempo (aluguel) para o Gerônimo, ou para o Bolão, seu auxiliar.
Um jogador com uma pontuação maior, passava o jogo enrolando a guerra, com "espetos" (escondendo a bola da vez atrás de outra) e outras manhas. O objetivo era um só: fazer o adversário pagar mais pelo aluguel.
Isso era chamado na época, de "engordar" o tempo.
Assistindo ontem ( e outros dias) o voto do Ministro Lewandowski no julgamento do mensalão, lembrei-me claramente do artíficio "engordar o tempo".
A razão ?
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