Todos sabem. Não existe eleições iguais.
O que deu certo há quatro anos, pode não dar certo agora.
É impressionante como o acesso as informações tem mudado o mundo, e lógico, o comportamento e o jeito de pensar das pessoas.
Penso que neste momento, as pessoas pouco estão interessadas no que os candidatos têm para falar.
As pessoas querem falar, necessitam se expressar e deixar bem claro que não estão satisfeitas em participar, tão somente, como ouvintes.
Parece que os articuladores de campanhas e mesmo os próprios candidatos, ainda não deram conta disso.
Tenho encontrado pelas ruas muitos dos candidatos. Alguns se aproximam dizendo:
- Preciso falar com você.
Nenhum ainda disse:
- Preciso ouvir sobre o que você está pensando.
Atentem:
É mais provável conseguir um eleitor ouvindo-o, do que orando em seus ouvidos.
No mínimo, o eleitor levará aos ouvidos do candidato, uma possível novidade. Uma preocupação, uma observação, uma reinvidicação.
Tomando a iniciativa da conversa, o candidato dificilmente terá a dizer uma novidade, algo diferente e criativo. Com certeza proferirá mesmices.
Escutando, absorvendo e apurando, terá chances de mudar o seu discurso. Ou se preparar melhor para o diálogo.
Não se trata de vésperas de loucura, mas seria interessante que os comícios de bairros fossem divididos em duas partes. Na primeira discursariam moradores escolhidos. Na segunda, se apresentariam os candidatos.
Não foi por acaso que o Criador nos fez com duas orelhas e uma só boca.
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