Continua valendo: Publicado no blog em 9/5/2011
Na época da fotografia seu nome
era Geraldo. Foi preso nesse dia pelo exército por fazer parte do movimento
guerrilheiro do Araguaia
Foi companheiro de guerrilha dos
irmãos e ex-alunos da Unifei, Jaime e Lúcio Petit, (desaparecidos na luta) e da
irmã deles, Maria Lúcia, executada pelo exército. Sobreviveram da aventura no
Araguaia,entre outros poucos, a itajubense Regilena Carvalho e a santista Lúcia
Regina, casadas respectivamente com o Jaime e o Lúcio.
Geraldo, ou melhor, José Genoino
foi preso por uma patrulha do exército no dias 18 de abril de 1972. Tentou
fugir, recebeu um tiro de raspão em um braço e foi recapturado. Foi muito
torturado na selva. Posteriormente foi transferido para a prisão em Brasília.
Ficou 5 anos preso, foi professor universitário, deputado federal e presidente
do PT. Hoje é assessor especial do Ministério da Defesa.
José
Genoino recebeu ontem, no Rio, a
Medalha da Vitória - a primeira dada pelo Ministério da Defesa a um
ex-guerrilheiro. Em pleno 8 de Maio, que pelo mundo afora é saudado como o fim
da Segunda Guerra Mundial - em que se varreu da história o autoritarismo nazista
-, o assessor especial de Nelson Jobim entrou numa lista de 284 pessoas
agraciadas por terem contribuído para a democracia e a paz.
“O que o Brasil deseja fazer é um grande ajuste de contas com
seu futuro. O Brasil não quer retaliar seu passado”, justificou Jobim, ao dar a
medalha ao antigo adversário do regime militar, que nos anos 70 o desafiou
integrando a Guerrilha do Araguaia.
O petista não esconde a surpresa com as viradas da História:
“Olha, tem acontecido tanta coisa na minha vida e na história do Brasil que a
gente só tem que acreditar no Brasil e no futuro, porque muita coisa
surpreendente vem acontecendo positivamente”.
Blog: É um homem com história.
ER