Ouvido ontem na fila do Alvoradão na Boa Vista:
- Ô cumpadre, num é do meu tempo e nunca entendi esse negócio de "ficar". Me parece um relacionamento muito ligeiro, que acaba desvalorizando as pessoas.
- Éh... Tinha flertar, que vinha a ser trocar olhares, inclusive até com direito e quase obrigação de dar uma olhadinha para trás nas viradas de esquina. Tinha o início de namoro (sem segurar nas mãos), depois, segurando nas mãos. Mãos no ombro, só noivos. Outros tempos.
- Pelos comentários do blog, tem muita gente que ainda ama a terrinha, mas o que tem de gente "ficando" com ela é uma enormidade.
-Cumpadre, prá mim uma relação de amor entre uma pessoa e uma terra, não é obrigatoriamente selada pelo nascimento, estudo ou vivência durante um período. O que nos leva ao apêgo é ter sido feliz naquele cantinho, mesmo que só um tiquinho.
- Éh... faz sentido.
ER