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sábado, 4 de fevereiro de 2012

SOB A LUZ DE VELAS


Os povos estão desgostosos algum tempo antes de se aperceberem de que o estão.

Jean Retz

SÓ BEATLES



GOOD NIGHT

Não parece, mas é dos Beatles. Segundo Steve Tuner (a história por trás de todas as canções dos Beatles), trata-se certamente da canção mais melosa do John Lennon. Se fosse de Paul, John a teria considerado uma porcaria.
John afirmou tê-la escrito para o seu filho Julian como uma canção de ninar. A melodia parece ter sido "inspirada" em "True Love", de Cole Porter, canção do musical "High Society" que se tornou um sucesso com Bing Crosby e Grace Kelly. Lennon separou-se de sua mulher poucas semanas depois da composição.

ER

FALANDO FRANCAMENTE

Ouvido hoje na Feira Livre nas proximidades da FEPI

- Ô cumpadre, reeleição pode não ser fácil como o pessoal está falando. Está certo, estão todos empuleirados, recebendo um bom salário e com possibilidade de estar próximo do eleitorado.

- Então sô ? São favas contadas.

- Mas vai pesar na hora dos discursos e conversas e admitir tudo o que não fizeram nesses quatro anos.

- Éh, mas ninguém vai ser louco de confessar e entregar a rapadura.

- Mas claro. Vão ter que fazer promessas e cartear sobre o que farão nos próximos quatro anos. E não terá nada novo do que prometeram antes das eleições passadas.

- Bom, isso quer dizer que não fizeram muita coisa ou mais ou menos nada.

- Fizeram sim. Mas trapalhadas e desacertos não contam.

-Éh... Faz sentido.

ER 

CANTINHO DA SALA

Edvard Munch - The Dance of Life - 1899

CHARRET OU INTERNET ?

Não sei com as coisas caminham em outros lugares, mas na terrinha, charret rima perfeitamente com internet. E olha que estamos falando de conexão a cabo.
Ontem, por vários momentos lembrei do último e sensacional combate, ou melhor, da partida de tênis em Melbourne, entre o Djokovic x Nadal.
Fui tomar café, voltei e a disputa seguia firme. Sai para comprar uma revista, e a partida continuava. Fui ao supermercado e na volta, lá estavam os dois. Quase seis horas.
Ontem: tentava acessar um site. Saia, voltava e nada. Buscava o site do banco... saia.voltava e nada. Foi assim até à noite. Aliás, já vem acontecendo há tempos.
Quem sabe se os anônimos se identificam com endereços completos, cep´s, etc e começamos a nos comunicar através de carta. Poderia-se terceirizar o serviço através de uma nova empresa a ser criada: MASTERCARTA.

Ficaria mais ou menos assim:

Itajubá, 3 de fevereiro de 2012

Prezado Anônimo,

Ref.: É DISCO QUE EU GOSTO

Pelo presente expediente, tomamos a liberdade de sugerir que ouça o lindo bolero lançado recentemente pelo astro Lindomar Castilho.
Pureza de letra. Relata fielmente o cotidiano da vida.
Dê preferência para adquirir o disco em 78 rpm, na Eletrolândia Santa Therezinha, na Major Belo, em frente a saída dos fundos do Cine Alvorada. Não considere o lado B. É fraco.

Efusivas saudações,

Zelador 

VOLTEI !

Banidas no dia do aniversário da capital paulista, em 25 de janeiro, a proibição do uso de sacolinhas plásticas sofreu uma reviravolta ontem,  sexta-feira. Os supermercados de São Paulo terão de disponibilizar alternativas gratuitas pelos próximos 60 dias para os consumidores que não tiverem como carregar os produtos comprados nas lojas. O supermercado que descumprir esse acordo estará sujeito a multa diária no valor de R$ 25 mil.
A norma que proibiu lojas e supermercados de distribuir o produto, apoiada num discurso ambientalista começou a teve sua implantação criticada por entidades de defesa do consumidor, pelo Procon e Ministério Público.
Agora, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo qual os supermercados terão de disponibilizar, como embalagem gratuita, caixas de papelão, as atuais sacolas biodegradáveis que são vendidas a R$ 0,19 e até as antigas sacolinhas plásticas que foram banidas no dia 25 de janeiro.
Também deverão vender sacolas retornáveis pelos próximos seis meses por até R$ 0,59, com as seguintes medidas: fundo retangular de 5cm X 40cm e altura de 40cm.

Com todo o respeito: Ah! Ah! Ah!

ER

PARA LER E PENSAR NO FINAL DE SEMANA

Carlos Alberto Sardenberger - O Globo

Ricos envergonhados são assim: quanto mais dinheiro ganham, mais adotam posições políticas contra o capitalismo em geral e o sistema financeiro em particular. O patrono da categoria é George Soros, que, aliás, continua lucrando com seus fundos especulativos, mas há representantes espalhados por toda parte. O número cresceu exponencialmente depois da erupção da crise global.
É como se fosse uma defesa antecipada. Reparem: a era de prosperidade do final do século passado e início deste trouxe um aumento da desigualdade. Centenas de milhões de pessoas deixaram a pobreza, formaram-se novas classes médias nos países emergentes, mas os ricos se deram melhor no mundo todo. Ganharam mais, aumentaram sua participação no bolo na fase de expansão e, se perderam muito no auge da crise, conseguiram melhor recuperação.
Logo, se os ricos foram os principais beneficiários disso tudo, então necessariamente são os culpados ou pelo menos os principais suspeitos, certo? Errado, respondem seus representantes. O problema está no sistema capitalista, explicam, apresentando-se como apenas uma peça da engrenagem. Vai daí, engrossam o coro anticapitalista e clamam por reformas.
Exagero? Pois então leiam sobre os debates no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o tradicional encontro de líderes globais, públicos e privados, para ajustar os rumos da economia de mercado. O modelo faliu, procuram-se alternativas – foi o mote principal.
Terminou sem respostas. Ocorre que a alternativa ao capitalismo, o socialismo, morreu antes. A rigor, há apenas um regime socialista sobrevivente, o de Cuba, estagnado, pobre, com imensa dificuldade de crescimento. Por isso, está em reformas, mas em qual direção mesmo? Pois é, redução do Estado, incluindo demissão de funcionários públicos, e ampliação de áreas abertas à iniciativa privada estrangeira. A brasileira Odebrecht, por exemplo, vai produzir açúcar e etanol na ilha, com a bênção da presidente Dilma.
A presidente não foi a Davos. Foi a Porto Alegre, para o Fórum Social, a versão socialista, e lá lançou mais um ataque ao neoliberalismo, que não é bem um sinônimo de capitalismo, mas é quase.
De onde o leitor pode imaginar o tamanho da confusão. As reformas em Cuba são, nesse sentido, neoliberais. Menos Estado, mais mercado. Além disso, vamos dar uma olhada no noticiário local recente.
Está em curso o leilão de privatização de três grandes aeroportos brasileiros. OK, o governo e seus aliados de esquerda juram que não se trata de privatização, mas de concessão, porque nada será vendido. (Os demais aliados não dizem nada e muitos deles esperam obter alguma vantagem nesses grandes negócios).
Mas o mundo todo chama de privatização quando o governo pega um bem público e o concede, mediante pagamento, a empresas privadas por 30 anos, prorrogáveis. De novo, portanto, o que temos? Menos Estado, mais mercado. Aliás, membros do governo disseram isso mesmo sobre o leilão: teremos mais capital, nacional e estrangeiro, mais competição, mais tecnologia de fora. E menos Infraero, espera-se.
Também nesta semana, a área econômica do governo Dilma comemorou o superávit primário de 2011 e a redução do endividamento público como porcentagem do PIB. Alardearam: viram como este governo faz ajuste fiscal?
Ora, superávit primário, redução da dívida, ajustes, tudo isso é herança neoliberal. Mas a presidente Dilma disse em Porto Alegre que toda a América Latina, antineoliberal, vai muito bem, ao passo que os desenvolvidos, neoliberais, vão mal. E que a Europa vai cair no desemprego e na ditadura se insistir no ajuste “conservador” de redução das dívidas públicas.
Mas quais países europeus passam melhor por esse turbilhão? Alemanha e Holanda, por exemplo, justamente aqueles que cumpriram mais à risca a cartilha de ajuste conservador. Também foram os europeus que mais avançaram em reformas com o objetivo de destravar suas economias e abrir o mercado. Na Alemanha, houve até uma redução real de salários para tornar os produtos locais mais competitivos.
E a América Latina? Os países que vão bem são justamente aqueles que avançaram as reformas neoliberais dos anos 90. Podem reparar, todos têm as mesmas bases econômicas: responsabilidade fiscal, superávit primário, regime de metas de inflação, câmbio mais ou menos flutuante, privatizações, muita exportação para a China, acúmulo de reservas e, sim, programas tipo Bolsa Família. (Aliás, transferir dinheiro diretamente para os mais pobres foi uma ideia nascida no campo liberal.)
Finalmente, qual o país rico que está saindo mais depressa da crise? Os Estados Unidos, onde, aliás, há o maior número de ricos envergonhados. Ah! O sistema!

Carlos Alberto Sardenberger - O Globo

HOJE JÁ É AMANHÃ

Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o SENHOR pesa o espírito.Confia ao SENHOR as tuas obras e os teus desígnios serão estabelecidos.

Pv 16:2 e 3