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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SOB A LUZ DE VELAS


A distinção entre o verdadeiro e o falso aplica-se às ideias, não aos sentimentos. Um sentimento pode ser superficial, mas não mentiroso.

Arthur Koestler

É DISCO QUE EU GOSTO



Rhapsody In Blue

Jesús Valdés, simplesmente Chucho Valdés. Cubano de Quivicam, onde nasceu em 1941. Patriarca do jazz cubano ao longo dos últimos 25 anos.
Filho do famoso compositor e pianista Ramon "Bebo" Valdés, Chucho cresceu dentro de um ambiente musical que incluía lendas do jazz cubano como Chano Pozo, Benny More, Ernesto Lecuona e Chico Farrill.
Como qualquer músico cubano, Valdés estudava música clássica na escola e tocava jazz e música tradicional cubana nas jam sessions.
Chucho trabalhou em diversas big bands na década de 60 e formou seus quartetos e quintetos inspirando-se nas artes de Art Tatum, Thelonious Monk, Bud Powell, McCoy Tyner e Wynton Kelly.
Ele formou a Orquestra Cubana de Música Moderna em 1967 e em 1973 criou a big band Irakere. Possuindo artistas como Paquito De Rivera e Arturo Sandoval, o Irakere combinava a tradicional música cubana com rock, jazz e funk. Excursões por todo o mundo, prêmios Grammy seguida da fama.
As tensões entre o governo de Fidel e os Estados Unidos acabaram por impedí-los de entrar nos Estados Unidos.
Devido a esse fato, De Rivera e Sandoval pediram asilo, mas Valdés ficou em Cuba e conserva a banda até os dias de hoje.
Jazz maravilha com preponderante tempero afro-cubano.

ER

VENTOS DE GUERRA - 13

- O que o levou a decidir por tentar a reeleição ?

- Basicamente foi a minha vontade se servir o povo.

Se o seu desejo é servir, você não sentiria também realizado prestando serviços voluntários, por exemplo, na Casa da Criança, Lar dos idosos, ou outros ?

- Sim, mas eu me julgo especialmente preparado para exercer um cargo público.

- Para outros cargos, você admite que não esteja ainda preparado ?

- Corretamente. Ainda não estou preparado para dispensar os recolhimentos provenientes dos salários e bonificações vindos dos cofres públicos.

- Perdão, mas insistindo: O Senhor já não tem outros negócios, diplomas, aposentadoria, que lhe permitam a dedicação sem custos para o povo ?

- Na realidade, os valores recebidos dos cofres públicos, praticamente são repassados para as pessoas que nos procuram. Financiamos remédios, exames, enterros, batizados, casamentos, prendas para bingos beneficientes, rifas, salvamos eleitores de apertos emergenciais e olha, às vezes completamos com nossos recursos próprios.

- Insistindo: Esses pedidos não poderiam ser encaminhados para as Secretárias da Saúde, Ação Social, ou outro orgão oficial ?

- Na maioria das vezes não funciona. Tudo muito enrolado e congestionado. A procura é maior do que a oferta. E além do mais não posso decepcionar os meus eleitores.

- Seus eleitores ? Então o senhor não estaria comprando ou pagando os seus votos e ainda mais com dinheiro de origem pública ?

- Está vendo porque não damos entrevistas ? Vocês mudam tudo e redirecionam para onde acham mais conveniente. O importante é que estou absolutamente tranquilo do dever cumprido. E fique sabendo que a minha comunidade exige que eu continue aqui. Meu gabinete está sempre de portas abertas.

- Ei ! volte, volte, temos mais algumas perguntas. Serão lights.  Por favor...

ER

MOÇA BONITA

Marion Cotillard

SAUDADE DO TED BOY MARINO

Sobre o assunto, Luís Fernando Veríssimo, escreveu:

Alguma coisa aconteceu no coração do Brasil quando acabaram com as lutas de “catch”. Elas eram um sucesso na TV e seus astros viajavam em caravanas pelo país, apresentando-se em ginásios e circos. As lutas não eram lutas, eram teatro. Não eram exatamente combinadas, mas seguiam um roteiro estabelecido e havia um acordo tácito de que ninguém sairia do ringue machucado, mesmo que saísse arremessado.
O roteiro básico não variava: era os bons contra os maus, e os bons sempre ganhavam. Ou só perdiam quando o adversário traiçoeiro recorria a um golpe especialmente baixo, sob uivos de raiva da plateia. E a reação da plateia fazia parte do teatro. Havia uma suspensão voluntária de descrença, e todos torciam pelo Bem contra o Mal — ou pelo bonito contra o feio, o esbelto contra a barrigudo, o correto contra o falso — com um fervor que não excluía a consciência de que era tudo encenação.
Era fácil distinguir os bons e os maus. Os bons eram atletas como o Ted Boy Marino, caráter tão irretocável quanto os seus cabelos loiros, que lutava limpo. Os maus tinham nomes como Verdugo e Rasputin, e comportamento correspondente ao nome. Lembro de um Homem Montanha, que mais de uma vez derrubou o juiz junto com o adversário. E não havia um Tigre Paraguaio?
Os bons geralmente começavam apanhando e, quando parecia que estavam liquidados e que o Mal triunfaria, vinha a eletrizante reação, durante a qual o inimigo pagava por todas as suas maldades. Humilhação e vingança, nada na história do teatro é tão antigo e tão eficaz. Nove entre dez novelas de televisão têm o mesmo enredo.
Não sei se ainda fazem espetáculos de “catch” pelo interior do país. Hoje na TV o que se vê é o “ultimate fighting”, ou “mixed martial arts”, dois lutadores simbolizando nada trocando socos e pontapés sem simulação, quando não se engalfinham no chão como um bicho de duas costas e oito patas em convulsão.
Nessas lutas não vale, exatamente, tudo — parece que esgoelar o outro e xingar a mãe não pode. Mas é o “catch” despido da fantasia, com sangue de verdade. Não há mais mocinho e vilão, apenas duas máquinas de brigar, brigando.
Nem Ted Boy Marino nem Homem Montanha, apenas a violência em estado puro. Sei não, acho que empobrecemos.

Luís Fernando Veríssimo


IREI DAR O FORA ANTES


Dois condenados americanos chegaram no presídio de segurança máxima para cumprir pena. Foram direcionados para a mesma cela que continha duas camas.
O grandão perguntou para o todo tatuado:
- Você pegou quantos anos ? o tatuado respondeu com um grunhido:
- 40 anos.
De posse da importante informação, o grandão definiu:
Então vou ficar com a cama próxima da porta, uma vez que sairei primeiro. Fui condenado a 38 anos.

Foi o que a sacolinha de plástico especial deve ter dito para a antiga sacolinha poluidora:
- Sai fora porque a tua pena é de 300 anos. Eu sumirei antes do planeta. Fui condenada somente a 100 anos.

É a  vida.

ER 

MAS QUE BELEZA !

Isso acontece em Minas Gerais:

 O salário dos vereadores de Belo Horizonte é ‘peixe pequeno’ perto do que receberam os deputados estaduais no final do ano.
O último contracheque dos parlamentares foi de fazer inveja. Eles ganharam, em dezembro, nada menos do que R$ 62.419,04.  Os super- salários recebidos em dezembro vão se repetir no próximo mês. Cada um dos 77 deputados vai ganhar, em fevereiro, R$ 42.334,7.
Os valores pagos aos parlamentares em dezembro correspondem ao salário, acrescido do décimo terceiro, auxílio-moradia e da chamada ajuda de custo, ou ‘auxílio-paletó’. Nos meses de dezembro e fevereiro, a Assembleia Legislativa paga duas parcelas de R$ 20.042,35, ou seja, dois salários a mais aos deputados para que possam comprar ternos. São R$ 40 mil para ir às compras ou 15 salários por ano.
No ano passado, receberam os R$ 40 mil e devem ser agraciados, novamente, em fevereiro. Com os deputados,  a Assembleia gastou R$ 3.327.030,1 em ajuda de custo. Isso significa que cada deputado  pôde comprar 40 ternos por ano, isso se adquiridos em lojas de marca que cobram R$ 1 mil o conjunto.
Todos esses benefícios excluem a verba indenizatória, que é de R$ 20 mil. 
No ano passado, os deputados viram um benefício ir por água abaixo. Os chamados “jetons”, pagamentos por comparecimento em sessões extraordinárias, foram suspensos pela Mesa Diretora. Cada deputado podia ganhar até R$ 1 mil por mês se comparecesse a todas as reuniões extras.

(deu no "O Tempo" )

ER



JÁ FOI O TEMPO...

Por pura necessidade de momento, tive que entrar, no final de semana, num desses Wall-Mart da vida. Filas quilométricas. Tratamento ? o de sempre.
Lá também estão com mania de sonegar sacolinhas de plástico para embalagem.
Em outros tempos, quando o cidadão comparecia a uma padaria de bairro ou num armazém antigo, os produtos tinham dois preços:
Trazendo o embornal (ou seria bornal?) tinha desconto.
Pois bem:
Alguma alma penada teria dúvida, que até então, os custos das sacolinhas plásticas dos supermercados não estavam embutidos nos preços de venda ? Alguém acredita que eram um benefício ou um brinde dos supermercados ?
Por que teríamos que pagar um adicional por uma sacolinha fabricada de amido de milho ou sei lá o quê, que ao invés de levar 300 anos para se desmanchar, leva apenas 100 ?
Repito: não sou contra a cuidados com o meio ambiente, o que tenho dificuldades de aceitar é ser logrado e sentir que estão a nos enfiar boboseiras pela goela.
Presumo, que antes do final do ano chegarão a conclusão que toda a turbulência provocada foi uma burrice.
Ainda mais, seria bom ficar registrado, que essa "salvação do planeta" foi bolada e decidida pela Associação dos Supermercados.
Os "verdes" e os políticos sairam sambando empolgados atrás do Cordão.

ER

COSA NOSTRA