Um(a) comentarista durante uma manifestação no blog definiu bem as correntes políticas da terrinha.
Foi mencionado o "chiquismo" e complementado por outros comentaristas, o "rodriguismo", o "jorgismo" e lógico, o "petismo", que exceto ao Lula, não admite culto à pessoa.
Excluindo o atual prefeito, todos, inclusive o zelador, já lutaram pelo "chiquismo", em priscas eras. Muitos continuam amigos, outros mais ou menos e outros tantos ferozes inimigos.
As estratégias de campanha, programas, times, etc, estão longes de estarem definidas.
Mas para os que tem a mania de antever os lances, o quadro é no mínimo preocupante.
O "jorgismo" aparentemente buscou inspiração na ausência de democracia, com nuances até de ditadura. Populismo cercado de admiradores e aproveitadores fiéis. Parcerias inusitadas com deputados de outros partidos e convicções. Atuação cerrada junto aos meios de comunicação, como nos velhos tempos da ditadura. Aos amigos tudo, aos adversários mãos pesadas. Gerencialmente, segue um "arroz com feijão" com investimentos de responsabilidade do Estado (Somma) e Federal (Minha casa minha Vida). Têm a tímida Câmara sob controle. Segue protegido em outras áreas, por uma forte aplicação de teflon (nada gruda).
O "petismo" já foi analisado no blog. Querem marcar posição na terrinha, sonhando com mais altos voos dos líderes Odair Cunha e Ulisses. Se equilibram na tentativa de manter os cargos de confiança que têm no governo atual, do qual não querem mais aparecer como parceiros. Filosofia: Participação sem compromissos.
O "Chiquismo" traz a preocupação da ausência de renovação de pessoas e consequentemente de ideias. O mundo mudou e muitos fieis e leais membros do "chiquismo" não se deram conta disso. E pior: corre no ar a síndrome vingativa de "michel teló": se eu te pego, se eu te pego...
Quer dizer: se voltarmos ao poder, colocaremos as contas pessoais em dia. Isso não parte do líder, mas de companheiros magoados nesses últimos oito anos.
Complicado também o "rodriguismo". Está se transformando numa frente ampla. Muitos caciques e poucos índios. Como não tem lugar para todos nas janelinhas, será inevitável o aparecimento de arestas. São todos jovens fisicamente, mas alguns com ideias, pelas declarações, ainda do século passado.
Em todos os casos, observem, a terrinha fica em segundo plano.
Itajubá ? realmente, temos que considerar Itajubá ?
Todos ainda tem muito tempo para mostrar que o velho zelador está enganado e irremediavelmente ranzinza.
Voltaremos.
ER