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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

Jane Fonda e Alain Delon

4 comentários:

Anônimo disse...

Adoro!...

Anônimo disse...

Alain Delon...
A paixão da minha juventude. Era um amor Platônico, uma incrível paixão cinematográfica, chegando a manter na parede de meu quarto o retrato dele e que olhava todas as noites antes de dormir. Em muitas noites sonhei com ele. Tive muitas noites quentes de amor... Possuía também um álbum de fotos, de reportagens, de tudo que saía a respeito dele nos jornais. A paixão transcende a alma e o corpo. É algo intenso, mágico, que parece único. É algo que acontece às pessoas independente de sua vontade. A paixão nos imobiliza, nos deixa sem controle de nossas emoções. Acho que a paixão é o mais forte sentimento humano só comparável ao ódio em força e intensidade. É um afeto dominador e cego. Muitas vezes confundimos a paixão com amor, mas a paixão é o oposto do amor. Ele nos permite manter a altivez e a independência. O amor é sereno, sem dor, uma relação sem arroubos.
Enquanto o amor abre nossos olhos a paixão cega.

Alain Delon!... Ator francês. O homem mais lindo e desejado por quase todas as mulheres da minha geração. Ele morou em minha mente, em meu coração e na parede do meu quarto por toda a minha adolescência. Hoje sei que ao olhá-lo, muitas vezes não o olhava apenas, mas liberava diante de tal foto, todas as minhas fantasias dessa paixão adolescente, toda a adrenalina armazenada e contida, deixando fluir todos os sonhos que povoavam minha cabeça. O sonho é mais que a realidade. Ele está localizado na alma onde o ser humano é mais frágil, por isso dói.
Meu sonho era de falar a língua francesa, de viajar até Paris, de visitar a Torre Eifel, o Arco do Triunfo. Sonho de contemplar o rio Senna, sentar em suas margens, de andar pelos Champs Elisiées e me deparar com aquele belo homem em um desses lugares. Provavelmente ficaria extasiada diante da sua majestosa beleza. Talvez tremendo dos pés a cabeça e com o coração a saltar pela boca, na inocente ilusão de que pelo menos, por um segundo, nossos olhos se cruzassem. E que ele olhasse para mim embriagado de genialidade e certo de seu imensurável poder. Imaginava-me, frente a frente, com ele. Seus olhos azuis olhando intensamente dentro dos meus, enquanto falava comigo. Eu faria qualquer coisa que ele pedisse naquele momento...

A paixão nos tira do chão, nos faz flutuar, é linda e colorida. É um fogo transcendente de alma e de corpo, algo intenso, mágico, que parece único. Mas…É algo que acontece à pessoa independente de sua vontade, da duração e da intensidade, por isso tem a resistência frágil. Ela pode ser duradoura mas raramente perene. Ela simplesmente acontece. Sem explicação. Ela acontece na alma, onde o ser humano é mais frágil e possui o centro das emoções mesmo sendo uma paixão platônica.
Permaneci durante toda a minha juventude vivendo de sonhos e só me interessando por rapazes que de uma maneira ou de outra tivessem alguma semelhança com meu ídolo, com minha paixão adolescente...
Mas passou.O melhor do amor Platônico é que ele pode ser confessado, escancarado. São paixões a distancia, impossíveis e
inofensivas.

Não me canso de ouvir até hoje Dalida en duo avec l'acteur Alain Delon.Paroles, paroles,paroles...
Bah

Edson Riera disse...

Bah,

Paixão platônica, porém avassaladora. Belíssimo texto.

abraço,

Zelador

Anônimo disse...

Oi Zézinho obrigada. Transcrevi o capítulo 40 do meu livro.
Um abraço