Translate

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FRASE ABOBRINHA DO DIA

Só existe uma possibilidade de me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Se ficar um vagabundo numa sala com ar condicionado falando mal de mim, vai perder.

Luis Inácio

Blog: Depois do silêncio imposto por "saias justas", o cidadão voltou com tudo, praticamente lançando sua candidatura para 2014. Isto é, se o Joaquim Barbosa e Gurgel, deixarem.
 
ER 

Um comentário:

Walter Bianchi disse...

A receita de hoje é simples: uma lula cega, uma dúzia de robalos graúdos e um polvo.

Pegue a lula e os robalos e deixe-os cozinhando por anos e anos.

Ignore o polvo, ele está aqui por mera formalidade.

Está quase pronto nosso prato.

– Chef, chef! – gritaram.

Uma parte do restaurante escutou o chamado desesperado e olhou para a porta da cozinha.

Logo depois foi ouvido:

– O caldo entornou da panela, Chef! A moqueca já era!

Rapidamente surge o Mestre Cuca dizendo aos clientes:

– Desculpem o barulho, está tudo ok. Nunca antes na história dessa cozinha se fez uma moqueca tão saborosa!

Os presentes no salão se olham e continuam a conversar. Não deve ter passado de um ajudante de cozinha sem experiência se assustando com uma chama que por acaso subiu um pouco mais. O Chef passa a nos trazer torradinhas para passar o tempo e de “croc” em “croc” paramos de ouvir o barulho da cozinha.

– Chef, Chef!” – gritaram de novo, dessa vez mais alto.

Param os “crocs”. Todos atentos.

– Os robalos estão podres, Mestre! O que vamos fazer?

E, achando que as torradas ainda estariam cumprindo sua função, o chef responde:

– Deixa como está, ninguém há de perceber. Preparem mais torradas, coloquem uma música carnavalesca no som ambiente e forneçam uma taça de champanhe para cada um como cortesia.

Dessa vez o clima de preocupação toma os ocupantes do salão. Começam as marchinhas, chegam as taças de champanhe e o restaurante vira um grande baile.

"Esqueçam os robalos"
Esqueçam os robalos, não deve ter passado de um ajudante de cozinha inexperiente.

– Chef, Chef! – vem correndo um funcionário suando frio. Os clientes que antes bailavam, agora ficam parados.

– Chegou a Vigilância, Chef! Agora já era, agora já era! – dizia o rapaz.

Na presença da autoridade o Chef responde:

– Do que você está falando, companheiro? Nossa moqueca é magnífica! Nossa lula é referência mundial. Nossa estrela do mar é a mais bela de todas. Nosso polvo é mantido congelado na temperatura ideal.

– E os robalos, senhor? E os robalos? – questionava desesperado o rapaz.

– Nosso robalos são os mais frescos da vizinhança! – afirmou categoricamente o Mestre Cuca, perguntando depois ao vigilante:

– O senhor deseja provar?

O vigilante inspeciona a cozinha e constata que os robalos estão realmente estragados.

– Você não jogou esses robalos fora, companheiro? Eu disse que esses não prestavam! Eu ordenei que fossem descartados! — defendeu-se o Chef.

– Desculpe, senhor. Eu não sabia que os companheiros estavam usando esses robalos podres – disse ele ao vigilante.

Uma grande confusão é instaurada no restaurante. O vigilante leva o ajudante de cozinha algemado e condena os robalos.

O Chef passa ileso. A lula e a estrela não são autuados, continuam sendo referência no restaurante.

Quase, companheiro! Quase que engolimos a moqueca com os robalos podres. Mas se o prato do dia não saiu, ainda temos torradas, champanhe e músicas de carnaval. Se isso não for o suficiente, ainda temos lula e estrela.

– Companheiros, providenciem um isolamento acústico na cozinha, acendam o fogo e voltemos a cozinhar! Se alguém perguntar o que aconteceu, digam que não houve nada. Ninguém sabe, ninguém viu. Nossos robalos ainda são os mais frescos da vizinhança!

Um brinde à cozinha brasileira.
Autor: Raphael Mathias Losito.