Publicado no Blog no dia 27 de Junho de 2011
Conversa de itajubenses da
"velha guarda", no final de semana prolongado e com conclusões não
concluídas.
Aquelas conversas que vão indo,
vão indo e se encerram com as pessoas em silêncio esquisito, olhando para o
horizonte com um se levantando e dizendo após um suspiro pesado:
- A conversa tá boa mas temos
que dar um jeito na vida.
A Fabrica de Armas de Itajubá,
posteriormente chamada de Imbel, contribuiu muito para o desenvolvimento da
cidade. Talvez não tanto pelo recolhimento de impostos diretos, mas muito pelos
indiretos gerados pelos salários.
Produz armamentos há quase 80
anos. Pelos seus escritórios e unidades de produção passarão homens de alto
gabarito e grandes cidadãos. Famílias foram constituídas e criadas.
Incontestável a positiva
participação da Imbel na vida política, cultural e esportiva da
cidade.
Lá funcionou durante muitos
anos, internamente, uma categorizada escola formadora de mão de obra
especializada.
Até aí, justo
reconhecimento.
Lado ruim de
pensar:
Quase oitenta anos produzindo
armas. Equipamento de primeira linha. Qualidade inquestionável. Durabilidade
quase eterna. Armamento sempre individual.
Para onde foram tantos
mosquetões ? onde foram parar uma enormidade de fuzis FAL e suas evoluções
técnicas ? Qual o destino de milhares (ou seriam milhões) de pistolas e
revólveres de grosso calibre de uso exclusivo ?
Não produzem armamento para tiro
ao alvo e caça esportiva.
Nos alivia o argumento sempre
utilizado pelos seus próceres, segundo os quais, dali saem armas de defesa e não
de ataque.
Uma enormidade, com certeza,
está espalhada pela América do Sul. Outro tanto, pelo Continente Africano e
países árabes. Saibam lá a quantidade que frequentou e frequenta os armários do
submundo.
Para todos da terrinha que têm o
pensamento girando em 360 graus, trata-se de uma questão no mínimo
desconfortável.
Mas é uma
realidade.
ER
Hoje, deu no "O Globo"
Hoje, deu no "O Globo"
Documentos secretos produzidos pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) durante a ditadura militar revelam que o governo brasileiro forneceu armamentos militares ao Chile para a repressão interna no regime do general Augusto Pinochet (1973-1990).
Um acordo articulado no governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) e executado durante os primeiros anos do governo de Ernesto Geisel (1974-1979) repassou à ditadura chilena milhares de fuzis, espingardas, cartuchos de munição, carregadores e outros equipamentos bélicos, como “material destinado à manutenção da ordem interna”.
O GLOBO teve acesso com exclusividade a documentos que mostram que o EMFA determinou, em 17 de janeiro de 1975, que o armamento a ser cedido ao Chile tivesse as Armas da República apagadas para que não fosse identificada a origem brasileira e oficial.
Nessa data, o então vice-chefe do Estado-Maior, general Carlos de Meira Mattos, solicita ao chefe de gabinete do Ministério do Exército “providências no sentido de que a fábrica de Itajubá proceda ao esmerilhamento nas estampagens dos emblemas com as Armas da República dos fuzis tipo FAL e FAP que serão cedidos”, diz ofício secreto assinado por Meira Mattos.
O general pede que o mesmo procedimento seja feito no armamento a ser fornecido pela Marinha: “Conforme relação constante do Aviso da referência, o Ministério da Marinha também cederá idêntico armamento ao governo Chileno. Assim sendo, consultamos aquele órgão da possibilidade de efetuar idêntica operação pela Marinha, ou em caso negativo, se deseja que o trabalho seja feito em Itajubá”.
O Globo
O general pede que o mesmo procedimento seja feito no armamento a ser fornecido pela Marinha: “Conforme relação constante do Aviso da referência, o Ministério da Marinha também cederá idêntico armamento ao governo Chileno. Assim sendo, consultamos aquele órgão da possibilidade de efetuar idêntica operação pela Marinha, ou em caso negativo, se deseja que o trabalho seja feito em Itajubá”.
O Globo
2 comentários:
Imbel !
Vc ainda acredita que estão la.... ?
ha!
Mecanico:
Irá montar modelos de aeronaves convencionais em seus conjuntos mecânicos incluindo a vedação dos conjuntos e condução de ensaios mecânicos, hidráulicos e de vedação, segundo os manuais e processos de montagens dos fabricantes para dar aeronavegabilidade às aeronaves, atendendo as disposições, fabricante, autoridades aeronáuticas brasileiras e cliente.
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