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domingo, 8 de julho de 2012

ESPORTE OU CARNIFICINA

Continua Valendo - Publicado em 12/01/2012
 
Em toda a minha carreira jamais assisti um round sequer de luta livre ou vale-tudo, que agora chamam de UFC. Violência pura.

Se não restava nenhuma esperança que eu viesse a assistir a um desses massacres, agora sabendo que o locutor oficial passou a ser o Galvão "vai-que-é-sua-taffarel", a possibilidade está descartada.

Desde moleque acompanhei as lutas de boxe, que (com outra regras) esteve presente na 23ª Olímpiada realizada 688 a.C.

Voltou na Olimpiada de St. Louis em 1904.

Busquei informações e conheço a história dos grandes lutadores do passado, que aliavam técnica, resistência, força e respeito.

Poderia falar do Rock Marciano, Jake la Motta, Joe Louis, Jack Dempsey, Max Baer, Sugar Ray Robinson, Floyd Patterson.

Estes já acompanhei pela televisão e cinema: Muhammad Ali (o maior de todos), Joe Frazier, Júlio César Chaves, Mike Tyson, Eder Jofre, Archie Moore, Thomas Hagler, Roberto Duran, Sugar Ray Leonard, Oscar de la Hoia e os cubanos amadores Teófilo Stevens e Féliz Savon, ambos ganhadores de três medalhas de ouro olímpicas.

Esquivas, defesa, velocidade, habilidade, golpes disciplinados, fazem do boxe um esporte que, muitas vezes também, termina por provocar pesados danos nos competidores (principalmente no futuro).

Assistir, ainda com Galvão Bueno, pancadarias de açougueiros não é comigo.
 
ER


5 comentários:

Roberto Lamoglia disse...

Edson, você tem toda razão. Estamos
voltando à época dos espetaculos no
Coliseu, em Roma. Só faltam colocar
na "arena" de hoje leões, tigres...
Infelismente me parece que tudo o que acontece é fruto do momento em
que vivemos." Na época do Império
Romano e hoje ". Temos que criar alguma coisa que seja pior do que a
desgraça que atinge a população.
Sem duvida isto nos faz esquecer, mesmo que por poucas horas, tudo o
que de ruim está acontecendo no
planeta terra. Os americanos se
esquecem das guerras em que estão
envolvidos, os europeus da Grécia,
Espanha..., os africanos da fome, e por aí se vai. E viva o Galvão,
que troca a F1 por esta merda ee
UFC ou seja lá como é chamado.
Aliás, do Galvão não assisto nem
jogo de peteca. E o pior de tudo:
"Hoje, enquanto aguardava o início da final de Tenis, fui obrigado a
assistir a uma entrevista do nosso Campeão Anderson e ouvir uma pergunta do idiota entrevistador:
A presidente(a) Dilma por acaso lhe enviou parabens pela vitória?
Valha-me Deus !!!
Um abraço, Roberto

Anônimo disse...

ZZ,
UFC, Boxe e eleicao municipal sao - no fundo - a mesma coisa: violencia pura, simples, gratuita e abaixo da cintura.
Abs

Anônimo disse...

Violencia é calar a gente....

Anônimo disse...

Prezados Roberto e Zezinho

Só completo sua feliz observação que a história tratou de esquecer sobre as carnificinas no Império Romano.

"Gritos, berros, impropérios acolheram suas palavras. Ali não era lugar para sermões os antigos costumes de Roma deviam ser observados “ Fora”, “Em frente, gladiadores”. Os gladiadores empurraram o intrometido para um lado e partiram para o ataque. Mas ele continuava a tentar impedir a luta, tentando aparta-los, tentando em vão se fazer ouvir. Os gritos do povo aumentavam. “ Agitador!” Agitador!” “ Acabem com ele!”. Enraivecidos com a interferência, os gladiadores o derrubaram. Uma chuva de pedras, ou o que quer que estivessem á mão, se abateu sobre o homem, e ele morreu no meio da arena. Então o povo começou a refletir sobre o que tinha feito.
Morreu, mas não foi em vão. A missão foi cumprida. O choque daquela morte diante de seus olhos tocou o coração das pessoas; foram capazes de ver a maldade em que cegamente consentiam.
Desde o dia em que o santo homem morreu na arena, não houve mais lutas de gladiadores. O costume foi abolido, e pelo menos um crime habitual foi varrido da terra pela devoção de um homem obscuro, humilde, anônimo."

Voltamos a era romana, infelizmente, espetáculos circenses em Brasília, aqui em Itajubá, vidas sendo espiadas na televisão ( bbbs e fazendas da vida ), pancadaria gratuita avalisada por muita gente bacana e sangue manchando as telas e jornais destas lutas insanas.
Enfim barbáries do mundo em que vivemos.

Mas a algum momento existirá reflexões sobre hábitos e conceitos para seguirmos em diante, tal como o texto do anônimo de Roma acima.

Ass: Pagador de impostos

Anônimo disse...

Nossos bisavós não aprovavam o futebol.
Nossos avós não gostavam de boxe.
Nossos pais não curtem UFC.
É a vida...