Deu no Estadão
O ministro do Supremo Tribunal Federal José Antônio Dias Toffoli vai
participar do julgamento do mensalão, que começa na quinta-feira. Em conversas reservadas, Toffoli disse não ver motivos
para se declarar impedido. Acrescentou que a pressão para ficar de fora só o
estimulou a atuar no caso.
Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem também não há
motivos de impedimento, e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu – apontado
pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha" do mensalão –, Toffoli
construiu sua carreira jurídica dentro do PT. Ele foi advogado do partido –
destacando-se na liderança petista na Câmara dos Deputados nos anos 1990, e na
consultoria de campanhas eleitorais –, assessor jurídico da Casa Civil quando o
ministro era Dirceu e advogado-geral da União do governo Lula.
Antes de assumir a cadeira no Supremo, Toffoli também atuou como advogado do
próprio Dirceu em algumas ocasiões. Até 2009, ele era sócio no escritório da
advogada Roberta Maria Rangel, hoje sua namorada, que defendeu outros acusados
de envolvimento no mensalão, como os deputados Professor Luizinho (PT-SP), então
líder do governo, e Paulo Rocha (PT-PA).
Estadão
Blog: Melhor seria se declarasse impedido. Corre o risco de decepcionar ou a nação, ou os amigos e ex-clientes. Em qualquer dos casos, poderá decepcionar a sua consciência.
ER
2 comentários:
A moral exigiria, para o bem dele e do país, que se declarasse suspeito. Mas a verdade é que ele não quer perder a oportunidade de participar do "julgamento do século".
Vamos torcer para que seja imparcial...
Laissez Faire
PS: Zelador, gosto muito do blog e sempre que posso dou meus pitacos. Nos temas em que sou leigo, aprendo.
No que é afeto à minha área, tento ajudar. É sempre um prazer!
Cheiro de gorgonzola...
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