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terça-feira, 26 de junho de 2012

VEREADOR DE ITAJUBÁ E O PARAGUAI

Por mais que me esforce, às vezes, não consigo entender o vereador Paulino (PT). Ontem, na reunião ordinária da Câmara Municipal, discursou sobre, como ele chama, o "golpe de estado" no Paraguai.
Lógico, lembrando o que leu sobre os anos 60, criticou o imperialismo ianque.
Verdade.
Penso que algum amigo mais próximo poderia dar um "toque" no professor. Afinal, ele poderá  vir a ser nosso prefeito.
Leiam trecho do jornalista paraguaio Chiqui Avalos (integra no 247)
A posição brasileira
Não compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tanto é o bem que lhe queremos. Nos arrasou como sicário da Rainha Vitória e nós lhe perdoamos e juntos construímos o colosso de Itaipu. O tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das piores fases de nossa história, em nome do quê? Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos somozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e democrático como Pinochet.
Foi deplorável o papel do chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando pelas ruas de Assunção em desabalada carreira, indo aos partidos Liberal e Colorado pressionar em favor de um presidente que caia. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, o Sr. Maduro, para ameaçar em benefício de um presidente que o país rejeitava. Indo ao vice-presidente Federico Franco ameaçar-lhe, com imensa desfaçatez, desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não é nada) e outra ameaça não menos calhorda do Mercosul (que não é nada mais que uma ficção). O Barão do Rio Branco arrancou seus bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje. O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima Honduras? Se afirmativo, já fica sabendo que passará. Nós temos imensa disposição de continuar uma parceria que se relevou positiva e decente para ambos os países. Mas não temos da austera presidente o mesmo terror-medo-pânico que lhe devotam seus auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias. Dilma chamou seu embaixador em Assunção e Cristina fez o mesmo. As radicais matronas só não sabiam que: o embaixador brasileiro é um ausente total, vivendo mais tempo em Pindorama do que por aqui. Recorda o ex-embaixador Orlando Carbonar, que foi pego de surpresa em fevereiro de 1989 pelo movimento que derrubou o general Stroessner. Até meus filhos, crianças na época, sabiam que o golpe se avizinhava e que estouraria a qualquer momento, menos o embaixador brasileiro, que descansa no carnaval de Curitiba, sua cidade natal. Voltou às pressas, num jatinho da FAB, para embarcar Stroessner rumo ao Brasil. E a Argentina... Bem, a Argentina não tem embaixador no Paraguay faz alguns meses... Ocupadíssima, Dona Cristina não nomeou seu substituto. País de necrófilos, chamou um fantasma até a Casa Rosada para consultas.
O Paraguay fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas e curtidas pelas crises que retemperam e reforçam os povos. O religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja, foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente. Mas, principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos. E, por isso, Lugo não voltará.

Chiqui Avalos é conhecido escritor e jornalista paraguaio. Combateu a ditadura de Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É o editor de "Prensa Confidencial", influente boletim digital editado no Paraguai.

7 comentários:

Anônimo disse...

como gosta de aparecer!Dando aula de historia,o que deveria continuar a fazer..e sabe fazer muito bem..como politico nao ta com nada!

Anônimo disse...

O texto do jornalista Chiquis Avalos nos fascina pelo nacionalismo puro e verdadeiro.
A fala do Vereador "candidato" nos envergonha pela falta de pudor em sua analise sorrateira e pseudo esquerdista, que mais serve para alavancar discursos juvenis e irresponsáveis.
O edil presidente petista ao preocupar- se mais com o destino do Paraguai , que com a sua função bem remunerada para fiscalizar o prefeito que escarrou nos compromissos assumidos com seu partido, muito nos assusta, pois imagina-lo Prefeito discutindo Hugo Chaves, Fidel Castro, Morales e outros assassinos , e não o transito, saúde, segurança, educação e outros temas do interesse de Itajubá deixa clara a sua intenção desvirtuada.

Itajubense nato

Aldo disse...

Cai um dos pés podres. Logicamente os outros colocam as barbas de molho e esperneiam...

Anônimo disse...

O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente. Mas, principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos.

Anônimo disse...

Curti seu comentário Aldo!

Anônimo disse...

curti o comentario do Itajubense nato.

Analista

Anônimo disse...

1 - Erro besta pensar que o Brasil foi vilao na Guerra do Paraguai. Se teve um vilao, chama-se Solano Lopes.

2 - Itaipu que "nós" construimos?!?! Nós quem cara palida?
O Brasil construiu sozinho Itaipu.
O Paraguai entrou com metade do rio e ganhou a maior fonte de renda do pais (que é vender energia pro Brasil).

Mais uma vez o blog erra a coluna.
O texto publicado cai bem no Abobrinha do Dia.