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domingo, 13 de maio de 2012

NÃO PONHAM A MÃE NO MEIO !

Na Boa Vista, era a ordem dada pelos mais velhos quando dois moleques ainda discutiam na fase pré-briga.
Acontecia muito no campinho de futebol do Vasquinho (Lobo da Boa Vista). Primeiro tentavam apaziguar, promover a paz entre os brigões. Quando não dava mesmo, era questão de organização.
Rodinha feita pelos assistentes, risco no chão de terra e o famoso "cospe aqui se você for homem".
Alguém gritava:
- Não vale catar pedra !
Um arranhão aqui, outro ali e logo apartavam.
Pior ou mais humilhante:
Obrigavam os gladiadores a se abraçar e se desculpar um do outro.
Ficava por isso mesmo. Sem rancores.
Mas o "sagrado" ficava gravado: 
"Não ponham mãe no meio ! "

ER

2 comentários:

Aldo disse...

É verdade! E ninguém sofria ou se queixava de danos morais. Ninguém se queixava de nada. Depois de algum tempo se davam o dedo mindinho e ficava tudo ótimo. Até mais amigos, porque tinham muita coisa a conversar e que havia passado, desde o tempo em que haviam ficado "de mal".

Anônimo disse...

Bênção Divina
Alguém disse que o homem concebe o filho em alguns minutos e a mãe o carrega no ventre até que ele fique "prontinho", após nove meses, ou pela vida toda!
Também no meio dos animais irracionais, mãe é mãe: concebe seus filhotes, cria-os, alimenta-os, protege-os, e defende-os contra tudo e contra todos. Até contra os animais mais perigosos. E com que valentia!
Os filhotes sabem que, na companhia da mãe, estão protegidos. Por isso seguem-na até aprenderem a sobreviver por si mesmos. Mas jamais se comportam como um filho da mãe.
Victor Hugo escreveu: "As mulheres são fracas, mas as mães são fortes".
Na verdade , uma simples mulher existe que, pela imensidão do seu amor, tem um pouco de Deus; e pela constância de sua dedicação tem muito de anjo; que, sendo jovem, pensa como uma anciã e, sendo velha, age com as forças da juventude. Viva, não sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
"Penso que algo muito mais belo que o amor,que a razão ou as células, une mãe e filho".
Talvez seja a mistura de tudo isso, temperado com uma pitada de instinto, uma colher de de intuição, tudo isso levado ao fogo brando, em banho maria, carinhosamente mexido até formar uma só matéria, consistente e indissolúvel.
E como cobertura, uma bênção Divina. (Texto de Jorge Nagado)
Com meu abraço para todas as mães.
Bah