Deu na BBC
Ao publicar seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo –
esta edição dedicada a 2011 –, as autoridades americanas criticaram também a
discriminação contra minorias, mulheres e gays, a demora do Judiciário e a
impunidade no Brasil.
"Os principais abusos de direitos humanos incluem as condições precárias das
prisões; o tráfico de pessoas, principalmente para a exploração sexual de
crianças e adolescentes; e o trabalho forçado", avaliou o Departamento de
Estado, em seu sumário do país.
"Outros abusos incluem o uso da força excessiva, agressões, abuso e tortura
de detentos e encarcerados por parte da polícia e autoridades prisionais; longas
detenções sem julgamento e demora nos processos judiciais; violência e
discriminação contra a mulher; violência contra crianças, incluindo abuso
sexual; violência baseada em orientação sexual; discriminação contra indígenas e
minorias; aplicação insuficiente das leis do trabalho; e trablaho infantil no
setor informal."
Além disso, o documento notou que "o governo continua a processar autoridades
que cometem abusos. Entretanto, longas apelações no Judiciário para alguns
violadores de direitos humanos continuam sendo um problema".
BBC
Um comentário:
É um constrangimento só.
Há responsabilidades partilhadas.
Primeiro dos congressistas, em sua maior parte comprometidos com interesses duvidosos ou com os padrões intelectuais abaixo da média para as atribuições que o cargo exige. A cultura institucional do Congresso é pavorosa: burocratas, picuinhas, conchavos, negociatas, vinganças, orgias... Nada de inteligência legislativa.
De outro lado, os juristas também são responsáveis. Acomodados, encostados em dogmas incompatíveis com a realidade que assola o país, egocêntricos e de olhos fechados para o que se faz mundo afora. A mudança poderia partir deles. Mas são desinteressados e preguiçosos demais para enxergar.
Infelizmente, sei do que estou falando. Ainda que, felizmente, não me enquadre nos adjetivos realistas que moldam nossa tragédia (nacional e institucional).
Laissez Faire
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