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quinta-feira, 12 de abril de 2012

MAL A SER COMBATIDO

Assunto chato e desagradável de ser abordado e discutido. Fica mais fácil quando pensamos que são recursos extraviados da educação, da saúde, da segurança e por aí a fora.
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Post do Humberto - Trecho de um artigo escrito na Veja de 02/06/99 pelo Stephen Kanitz.

"Nós brasileiros não somos nem mais nem menos corruptos que os japoneses, que a cada par de anos têm um ministro que renuncia diante de denúncias de corrupção. Somos, sim, um país onde a corrupção, pública e privada, é detectada somente quando chega a milhões de dólares e porque um irmão, um genro, um jornalista ou alguém botou a boca no trombone, não por um processo sistemático de auditoria. As nações com menor índice de corrupção são as que têm o maior número de auditores e fiscais formados e treinados. A Dinamarca e a Holanda possuem 100 auditores por 100.000 habitantes. Nos países efetivamente auditados, a corrupção é detectada no nascedouro ou quando ainda é pequena. O Brasil, país com um dos mais elevados índices de corrupção, segundo o World Economic Forum, tem somente oito auditores por 100.000 habitantes, 12.800 auditores no total. Se quisermos os mesmos níveis de lisura da Dinamarca e da Holanda precisaremos formar e treinar 160.000 auditores. Simples. Uma das maiores universidades do Brasil possui hoje 62 professores de Economia, mas só um de auditoria. Um único professor para formar os milhares de fiscais, auditores internos, auditores externos, conselheiros de tribunais de contas, fiscais do Banco Central, fiscais da CVM e analistas de controles internos que o Brasil precisa para combater a corrupção. A principal função do auditor inclusive nem é a de fiscalizar depois do fato consumado, mas a de criar controles internos para que a fraude e a corrupção não possam sequer ser praticadas. Para eliminar a corrupção teremos de redirecionar rapidamente as verbas de volta ao seu devido destino, para que sejamos uma nação que não precise depender de dedos duros ou genros que botam a boca no trombone, e sim de profissionais competentes com uma ética profissional elaborada. Países avançados colocam seus auditores num pedestal de respeitabilidade e de reconhecimento público que garante a sua honestidade."

Humberto Chiaradia -  Trecho de um artigo escrito na Veja de 02/06/99 pelo Stephen Kanitz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chato e desagradavel mas seria bom se o Reitor fizesse o mesmo na FAPEPE ! Na FUPAI ! ?????


Em fevereiro deste ano, o Reitor da Unifei, Professor Renato Aquino, assumiu o cargo de presidente do "Conselho Administrativo do Indesi - Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabira" ( o equivalente ao nosso Codit, Conselho de Desenvolvimento de Itajubá ) , substituindo o ex-vereador Cácio Guerra.

Já na primeira reunião do Conselho após a posse, atuante, o reitor disse que promoverá uma auditoria nas contas da instituição.

Segundo as informações, o Reitor manifestou : "Não sou contador, mas os números não me convenceram, só de olhar vi que não está certo. Vou contratar um profissional da área." ( Olhos de águia ).