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quarta-feira, 18 de abril de 2012

É DISCO QUE EU GOSTO



Post do Alfredo Junta (texto do Dárcio Fragoso)

Meus amigos musicais:
Hoje, é aniversário de 14 anos do falecimento do grande cantor Nelson Gonçalves.
Nelson Gonçalves, segundo o musicólogo Ricardo Cravo Albin, "foi o derradeiro dos grandes intérpretes que vinham na generosa tradição de abrir o peito e cantar (e encantar) mesmo sem microfone: Chico Alves foi o primeiro, depois vieram Orlando Silva, Carlos Galhardo, Silvio Caldas e Nelson Gonçalves. O traço comum a todos esses grandes cantores era o repertório romântico, que embalava as profundezas ancestrais de um povo como o nosso, tão visceralmente mulato, fruto de três raças sentimentais como o branco, o escravo negro e o índio roubado em suas próprias terras".
Meu vício é você - Ouçam

Post do Alfredo Junta (texto do seu amigo e já nosso, Dárcio Fragoso)

Blog: O professor de  Nelson Gonçalves na terrinha é o Alaor. Tem todos os discos, cds, dvd-s, revistas, livros, curiosidades e histórias. Outro apaixonado pelo Nelsão sempre foi o  Zé Carlos Barquetta.
O meu primeiro e já falecido canário roller (amarelinho), chamava-se "Nelson" em homenagem ao grande cantor.

ER



Um comentário:

marcos.caravalho disse...

Departamento historinhas aditamentosas: em Fortaleza, certa vez, tivemos a sorte, o privilégio de assistir um show do Guinga. No teatro de Arena do Centro Cultural Dragão do Mar (beleza de lugar, tudo limpo, funcionando, arrumadinho). Show de grátis. Dia de semana. Salivando já por cerca de hora e meia, show descontraído, platéia ainda entusiasmada, o Carlos Altieri, Guinga chamado, disse que, além de fã, gostaria de cantar uma músicas "do Nelson" (já ouviu alguma gravação que o Nelson fez e que alguém tenha regravado melhor? Por isso que a gente fala, hoje, de vez em quando: isso parece uma música do Nelson).
E lá foi bala traçando o ar, seu Zézinho da Boa Vista. No barato, umas 10 músicas do homem, encarrilhadas, cantadas pela voz meio "a do Nelson" pelo Guinga Altieri, aquele. Daí, houve o convite prá quem quisesse, da platéia, subir ao palco para cantar em dueto com a fera. Pulou na arena um senhor, já meio "melado", indubitavelmente, para ficar no espírito Deusa da Minha Rua, fã do Nelson. Desfiou, em dueto, umas três. Direitinho. O Guinga, entusiasmado como teu canário, fazendo uma segunda voz e só "olhando" para o vozeirão do "primeira". Na quarta, pararam no meio, os dois, olhos marejados. O cantor convidado soluçando, já curadinho da "melaça". Abraço de um no outro. Expontâneo. Inesperado. Emocionante. Guinga sentado, o cantor curvado, meio em reverência, meio em "não dá mais companheiro, senão meu coração pára" Nós, eu e Maria Inês, lá. Também meio engasgados. A certeza de ter presenciado uma daquelas cenas que grudam uma foto na galeria da memória, departamento Valeu a Pena ter Vivido prá Ver Isso.
Grande Nelson.
Alaor, você está perdoado.