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terça-feira, 13 de março de 2012

NÃO CHORE, CONTINUE CANTANDO


Próximo do fim, aos 36 anos, Bob Marley se encontrava tão exaurido pela doença que implorou: "Deus, por favor, me leve de uma vez." Sua mulher Rita contou que o abraçou e cantou até que começou a chorar. Bob Marley a olhou e, com um fiapo de voz, disse: "Não chore. Continue cantando."
Marley não cantava sobre como seria fácil obter a paz no mundo, mas antes sobre como é fácil o caminho que leva muitos de nós ao inferno na terra. Ele conhecia as circunstâncias sobre as quais cantava. Suas canções não eram sobre teorias ou conjecturas, ou uma paixão fácil, a distância: suas canções eram suas memórias; ele viveu com desventurados, viu opressores  e suas vítimas, levou um tiro e provavelmente levaria outros. Sua habilidade única em descrever tudo isso de maneira palpável e autêntica era o que prendia a nossa atenção e dava sustentação a sua obra.

(extraído de crônica de Mikal Gilmore)

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