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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DESABAFO

Comentário enviado pelo Walter Bianchi (recebido por email)

Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa: - A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: - Não havia essa onda verde no meu tempo. O empregado respondeu: - Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. - Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Agora que voce já leu o desabafo, envie para os seus amigos que têm mais de 50 anos de idade, e também para os que têm menos, para que aprendam)
Recebido via e-mail.

Walter Bianchi

5 comentários:

Anônimo disse...

Coitada da velhinha como sofreu na vida, hoje é tudo facil tranquilo , tenho dó dela pois com certeza o neto dela é mais feliz.

Anônimo disse...

Conversa de velho é assim mesmo!Pararam no tempo fazer o que?

Anônimo disse...

Gente daqui em breve não vai mais existir lojas, supermercados, tudo vamos comprar pela internet e receber em casa, nada de ir nas lojas, coisa antiga e não vai ter sacolas, dinheiro (coisa mais nojenta) e ai a vida vai se desenvolvendo e novas facilidades virão. O tempo muda tudo pra melhor, só a velhice que leva a morte.Ficar velho que é f.....

Wartão disse...

LIMITES( da série Ora Pro-Nobis)
Somos a primeira geração de pais a não repetir com os filhos, os erros dos nossos pais;
E com o esforço de abolirmos os abusos do passado;
Somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas por outro lado
...os mais bobos e inseguros que já houve na história;
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas" do que nós, ousadas, e mais "poderosas" que nunca;
Parece que em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro;
Assim somos a ultima geração que obedeceram a seus pais, e a primeira geração de pais que obedecem seus filhos;
Os últimos que tivemos medo dos pais...e os primeiros que tememos os filhos;
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros a viver sob o jugo dos filhos;
E o que é pior...os últimos que respeitamos nossos pais...e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito;
À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, as relações familiares mudaram radicalmente...para o bem e para o mal;
Antigamente se considerava um bom pai,aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam-no e o tratavam com o devido respeito;
E eram considerados bons filhos aqueles que eram formais, e veneravam seus pais, mas a medida em que a hierarquia entre pais e filhos foi se desvanecendo...
Hoje bons pais são os que conseguem que seus filhos os amem, ainda que poucos os respeitem;
E são os filhos que hoje esperam respeito de seus pais, que respeitem suas idéias, seus gostos suas preferencias e sua maneira de agir e de viver;
E que além disso patrocinem o que necessitarem para tal fim;
Quer dizer os papéis se inverteram, os pais tem que agradar os filhos e lhes darem tudo para "ganhá-los" e não o contrário;
Dizem que os extremos se atraem, se o autoritarismo encheu os filhos de medo de seus pais a debilidade os enche de medo e menosprezo ao nos verem tão debeis e perdidos como eles;
Os mais jovens precisam entender que fomos os seus lideres durante a infância e fomos nós que os guiamos quando não sabiam para onde ir;
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca;
Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes fará confiar em nossa idoneidade e ajudá-los a enfrentar a vida enquanto forem menores porque somos os seus lideres, e não atrás rendidos às suas vontades;
Os limites abrigam o indivíduo com profundo respeito e amor ilimitado.

Anônimo disse...

Viver é relembrar.
O único risco que o leitor deste blog corre é nao gostar do presente.
Vou reservar ingresso pra todo no baile da saudade.