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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CARNAVAL ? TÔ FORA, LITERALMENTE

Pasquale Cipro Neto escreveu hoje na Folha:

"Lá vou eu, hoje a festa é na..." Não é.
Nada contra quem acha que a festa é na avenida, mas como diria Zé Simão, "vai indo, que eu não vou". Aliás, vou, mas para outro lugar. Carnaval ? Me inclua fora dessa,pelo amor de Deus !
Tenho horror a qualquer tipo de tumulto, multidão, barulho etc.. tenho pavor de gente enlouquecida e embriagada, que não respeita nada de nada nem ninguém.
Ligar a TV? Impossível! Vinhetas, sambas-enredo iguaizinhos, produzidos em série, propagandas tolas e fúteis de cerveja, difusão da ideia de que a felicidade está aí, chegou a hora, vamos...
Andar pela rua? Arriscado - nem preciso explicar por quê. Ficar em casa, absolutamente recluso ? Também arriscado: pode haver um vizinho carnavalento e carnavalente, que se julga no direito de impor o baticum (volume máximo!) a quem quer que seja. Viajar? Ficar 10,12,14 horas numa rodovia para fazer menos de 100 km e depois enfrentar preços desonestos, falta d´água etc.? Então tá.
Sabe o que faço no carnaval desde 1988? Fujo do país. Este é o meu 25º Carnaval consecutivo fora da nação. Fujo antes que a bagunça comece e volto depois das cinzas...
Faço questão de não saber de absolutamente nada do que ocorre por aqui durante o "reinado de Momo".
Enquanto eu tiver algumas forças e alguns trocados, nem que seja para ir até a ponte da Amizade e atravessar a fronteira a pé, não fico aqui. Não fico, não fico, não fico.
Se você gosta, divirta-se,mas por favor, respeite o direito da minoria. Carnaval? Tô fora, literalmente. É isso.

Pasquale Cipro Neto

Blog: Me considere incluso nesse pequeno grupo. Só que no meu caso, não deu para fugir do país e nem da terrinha.

ER

Um comentário:

Walter Bianchi disse...

Zé, estou acompanhando as noticias da terrinha aqui dos EUA, e concordo plenamentece,com o que está postado.
Mas tb me lembro de algum tempo atrás, qdo. passava o carnaval em Itajubá, e recordo.
com saudades dos bailes no Itajubense, em que as famílias se divertiam dentro de um ambiente extremamente agradável.
Me lembro tb. do famoso "Bloco Catraca de Canhão" que saía lá do Porto Velho e caminhava pelas ruas do centro com algumas "figuras" absolutamente engraçadas e inesquecíveis.
Bons tempos que não voltam mais.