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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

SOB A LUZ DE VELAS

Perdoem a cara amarrada
Perdoem a falta de abraço
Perdoem a falta de espaço
Os dias eram assim
Perdoem por tantos perigos
Perdoem a falta de abrigo
Perdoem a falta de amigos
Os dias eram assim
Perdoem a falta de folhas
Perdoem a falta de ar
Perdoem a falta de escolha
Os dias eram assim
E quando passarem a limpo
E quando cortarem os laços
E quando soltarem os cintos
Façam a festa por mim
Quando lavarem a mágoa
Quando lavarem a alma
Quando lavarem a água
Lavem os olhos por mim
Quando brotarem as flores
Quando crescerem as matas
Quando colherem os frutos
Digam o gosto pra mim

Ivan Lins

TOMOU O BARCO



Tomou o barco hoje pela manhã, de forma antecipada, minha querida prima Florinda Riera. Pouco tempo atrás ela, que não era muito disso, me mandou um email quanto do meu aniversário oferecendo uma música. Como era praxe na Quermesse São José, devolvo-lhe a mesma música, com muita saudade.

Em 29/09/2011 17:22, Florinda Riêra < florinda.riera@gmail.com > escreveu:


"Querido primo,parabéns pelo seu aniversário..Sou exatamente 3 meses mais velha que você. Engraçado,fui morar na Boa Vista com 5 anos. Me lembro que brincava com Claudete., Leda do sr. Vitor,Gilda,Gilnéa,Gilbertinho, Dilma, as meninas do Geraldo Cagão,as Berti,os irmãos Peixoto, o Anisio da dona Ivone, os filhos do grande Dr. Adilio(que me curava de tudo) até hoje sou impressionada com a morte de uma colega da rua Miguel Braga que morreu quando caiu com uma tesoura e esta a matou,me lembro que brincava com os filhos do sr. Guilherme Cardoso, do sr. Erasmo,etc...me lembro dos deliciosos anivesários na casa da 2 tias marias,da braveza do tio Chaves que vigiava nossas brincadeiras.Tanta coisa. Me lembro que dormi por mais de ano com tia Tereza e ela não me deixava usar travesseiro para não ficar corcunda(tenho trauma até hoje e durmo de 5 travesseiros),me lembro que ia muito na sua casa mas não me lembro nunca de ter brincado com você.Será que era metidinho ou já me achava muito avançada para a época?Mas nada disso importa. O tempo passou, a gente nunca foi intimo mas aprendi por muitos motivos a admirá-lo e respeitar sua conduta e pensamentos. Se tivesse ainda o "estudio" do Procópio, eu lhe ofereceria a musica "Se todos fossem iguais a você", alias, ofereço agora. Mudando de assunto,obrigada pela mensagem no facebook.Odeio facebook.Orkut e outros modenismos e foi por isso que não respondi.Foi meu filho quem me inventou de colocar nestas coisas devassadas que vou sair logo. Peço então que dê meu email para Beta, Virginia e outro parente nosso que me queira mandar mensagem. De resto, fique com Deus e que estejamos sempre juntos mesmo nas divergencias..Com carinho, Florinda "

Querida Prima Florinda,
Estou devolvendo-lha a música que me ofereceu pelo Procópio na Quermesse de São José que existe nas nossas lembranças da Boa Vista.

Esteja com o Pai.

Zezinho

TUDO AZUL

VAI DESCER ?

Depois teve o caso do dia que Rosamundo ficou doente. Era - ao que parecia - um vírus qualquer que Rosamundo arranjou. Então Rosamundo foi ao médico.
O consultório do médico de Rosamundo fica na cidade, num desses prédios que a desmoralizada e saudosa Prefeitura deixava construir, com milhares de cubículos à guisa de cômodos conjugados, segundo a expressão de um dos grandes calhordas imobiliários desta praça. Rosamundo foi, entrou no consultório e ficou na salinha de espera, aguardando a sua vez.
Mas, de repente, Rosamundo começou a suar frio. Ainda tentou aguentar a mão, disfarçar, pensar noutra coisa. mas foi impossível. Levantou-se apressadamente, perguntou à enfermeira onde ficava o banheiro.
- Segunda à esquerda, ali no corredor, foi a resposta.
Rosamundo não esperou mais. Saiu da saleta de espera pelo corredor, como um doido, contou a primeira porta, abriu a segunda e entrou. Era um cubículo escuro, como acontece nos prédios como aquele, mas isto não teria a mínima importância, se não houvesse uma senhora, com ar muito digno, parada no meio da toalete com cara de quem espera alguma coisa.
Rosamundo ali naquele aperreio e a dona parada que nem parecia. E o tempo passando. Cada segundo parecia um século. E ela nem nada. Parada e tranquila. Nessas horas é que Rosamundo perguntou:
- A senhora não vai sair daí ?
Ela estranhou a pergunta, mas com toda classe, quis saber:
- Por que cavalheiro ?
- Porque eu preciso usar este banheiro.
A dama pensou que Rosamundo fosse maluco e com o maior desprezo, informou:
- Por favor, o senhor use depois que chegarmos ao térreo e eu saltar, cavalheiro. Porque isto aqui não é um banheiro. Isto aqui é um elevador.

Stanislaw Ponte Preta

MOÇA BONITA

Super Candice

CANTINHO DA SALA


Kandinsky


PREMEDITANDO O BREQUE