Meus avós não tiveram a oportuidade de ter qualquer modelo de automóvel e nem bicletas. Creio mesmo que nunca souberam dirigir. O conforto e a novidade chegaram para a primeira geração brasileira. Meu pai e tios.
Ficou como marca da família colocar apelido nos carros. Sempre eram mencionados pelo nome.
Inesquecíveis a "Giripoca" do Tio Mário, o "Bigode", fordinho 29 do Tio Luís, O Al Capone, chevrolet preto 1900 e nada, do meu Pai (posteriormente o Jayme meu primo também teve um Al Capone). Famoso o "Hélio Garcia" do Tio Chaves (bebia muita gasolina), o "Belo Antonio", Simca do meu Pai e outros que fogem da memória.
Comparando com carro, afirmou o médico, ontem, após analisar os exames: Se você fosse um carro, seria difícil de vender. Está muito rodado. Não seria considerado razoavelmente numa troca. Reformar ? ficaria caro e faltam peças no mercado. Para colecionador, ainda é relativamente novo e não tem história.
O que fazer ?
Será melhor ir tocando com cuidado, suportar o barulho da lataria, fazê-lo pegar no tranco e não programar trajetos longos. Evite congestionamentos: O motor poderá ferver
Vantagem: Pode deixar estacionado nas ruas com os vidros abertos. Ninguém se interessará em levar.
Trate-o bem, deixe-o limpinho, arrumadinho. As pessoas mais sentimentais ainda irão olhá-lo com carinho.
É a vida.
ER