Translate

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NO MARANHÃO POR ENGANO

Um avião da Azul que fazia o trajeto entre Fortaleza (CE) e Teresina (PI) pousou em um aeroporto no Maranhão por engano, ontem, domingo (30), segundo a companhia.
O avião fazia o voo 9136 e deveria pousar no aeroporto Senador Petrônio Portella. Entretanto, acabou parando no aeroporto privado Domingos Rêgo, em Timon (MA), a 6 km de distância do local correto.
A Azul afirma que, quando percebeu o erro, a tripulação decolou novamente e pousou em Teresina às 13h05. Segundo a companhia, o equívoco causou atraso de 20 minutos.
A empresa aérea informou que, depois do engano, o voo seguiu sua programação e decolou com destino a São Luiz do Maranhão, Belo Horizonte e Campinas.
As causas do erro estão sendo apuradas, segundo a companhia.

Folha

PRÁ MEDITAÇÃO

Um Parque tranquilo, com muito verde, passáros e lago com límpidas águas. Querem lugar melhor para meditar, pensar na vida e analisar os acontecimentos ?
Ainda não temos o local fisicamente instalado na terrinha, mas já dá para pensar no projeto anunciado há quase um ano pela prefeitura. Seria no bairro Pinheirinho (ou BPS-fundos) e construído pela Helibrás, como presente para o município.
Meditando por escrito: Alguém sabe com está ? Alguém viu algum croquis, rascunho, desenho, planta ou uma maquete ?
Vamos continuar meditando esperançosos.

ER

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

Marilyn Monroe

DESPEJO NO CEMITÉRIO

A prefeitura da cidade espanhola de Zaragoza lançou uma campanha para alertar familiares inadimplentes que quem não saldar dívidas com cemitérios locais terá os restos mortais de seus entes exumados.
Aproveitando a chegada do dia de Finados - que na Espanha é celebrado no dia 1º de novembro - a prefeitura colocou adesivos nas lápides advertindo que a sepultura está com pagamento vencido e que os familiares tem 15 dias para saldar suas dívidas, em geral ligadas a taxas de manutenção dos cemitérios.relacionadas a taxas .
Não pagar neste prazo significará que os restos mortais serão exumados, removidos das sepulturas e colocados em valas comuns. Mais de dois mil jazigos e nichos receberam o adesivo.

BBC

Blog: E o "descansem em paz" ?

ER


MELHORES MOMENTOS

Leônidas da silva - Diamante Negro
Num passado não muito distante, não perdia um Jabaquara x Juventus, transmitido num sábado à tarde em P&B pela Tv Tupi. Ou melhor, não perdia uma partida do "Desafio ao Galo" aos domingos cedo, pela Gazeta ou Record.
Passei o final de semana zapeando pela TV. Campeonatos Alemão, Inglês, Italiano, Espanhol, Português, Francês e brasileiros da primeira e segunda divisão.
Não sei a razão, mas confesso: Não consigo assistir a uma partida completa. Prefiro esperar pela transmissão dos melhores momentos.  
Sobre o assunto, passou pelo pensamento a possibilidade de selecionarmos os melhores momentos de nossas vidas.
Causa preocupação.
Talvez, pela falta de grandes lances teremos aproveitar, quem sabe, até um lateral bem cobrado ou um tiro de meta batido no capricho.
Bons momentos ? quando fomos aprovados no vestibular, quando formamos, quando casamos (para alguns), quando nossos filhos chegaram, quando eles se formaram e quando da chegada dos netos.
E os maus momentos ? Quantas pisadas na bola, quantos cartões, quanta canelada, quanto gols contra, quantos passes errados, quanto tempo curtido no banco de reservas ?
Aproveite. Rascunhe o seu roteiro.
Teremos que ser criativos para alcançar um saldo positivo.
 Melhor chamar logo os comerciais.

ER  

DURO PUXÃO DE ORELHAS

Nós últimos tempos, todos nós, temos sido assolados por notícias de graves enfermidades de pessoas próximas e queridas e de personalidades dos meios empresarial, artístico e político.
De imediato sentimos tristeza, sem exceção, por todos, pelas dificuldades e desconfortos a que serão submetidos durante o tratamento.
Preocupa-me sobre a solidão de pensamento de cada um deles.
Felizes aqueles que tem o conforto extraordinário da presença de Deus.
Passado o primeiro impacto da notícia, tranquiliza-nos saber que o enfermo está tendo um bom acesso aos recursos médicos.
Um grande amigo que passou e está superando um terrível momento desses, me confidenciou outro dia:

" o mais duro foi cair na realidade de como somos frágeis.O meu sucesso profissional e de vida, conduziu-me a um absurdo estado de arrogância e prepotência próprias. Esqueci-me do resto. Julgava-me inatingível..
Pela graça de Deus fui colocado no meu devido lugar. Estou tendo nova chance de viver e constatar o meu tamanho real. Ainda tenho muito para aprender e não desperdiçarei a oportunidade."

ER 

REPÚBLICA DESTROÇADA

Marco Antonio Villa - O Estado de S.Paulo (trechos)

"... o que temos é uma República em frangalhos, destroçada. Constituições, códigos, leis, decretos, um emaranhado legal caótico. Mas nada consegue regular o bom funcionamento da democracia brasileira. Ética, moralidade, competência, eficiência, compromisso público simplesmente desapareceram. Temos um amontoado de políticos vorazes, saqueadores do erário. A impunidade acabou transformando alguns deles em referências morais, por mais estranho que pareça. Vivemos uma época do vale-tudo. Desapareceram os homens públicos. Foram substituídos pelos políticos profissionais. Todos querem enriquecer a qualquer preço. E rapidamente. Não importam os meios. Garantidos pela impunidade, sabem que se forem apanhados têm sempre uma banca de advogados, regiamente pagos, para livrá-los de alguma condenação.
São anos marcados pela hipocrisia. Não há mais ideologia. Longe disso. A disputa política é pelo poder, que tudo pode e no qual nada é proibido. Pois os poderosos exercem o controle do Estado - controle no sentido mais amplo e autocrático possível. Feio não é violar a lei, mas perder uma eleição, estar distante do governo.
O Brasil de hoje é uma sociedade invertebrada. Amorfa, passiva, sem capacidade de reação, por mínima que seja. Não há mais distinção. O panorama político foi ficando cinzento, dificultando identificar as diferenças. Partidos, ações administrativas, programas partidários são meras fantasias, sem significados e facilmente substituíveis. O prazo de validade de uma aliança política, de um projeto de governo, é sempre muito curto. O aliado de hoje é facilmente transformado no adversário de amanhã, tudo porque o que os unia era meramente o espólio do poder.
Neste universo sombrio, somente os áulicos - e são tantos - é que podem estar satisfeitos. São os modernos bobos da corte. Devem sempre alegrar e divertir os poderosos, ser servis, educados e gentis. E não é de bom tom dizer que o rei está nu. Sobrevivem sempre elogiando e encontrando qualidades onde só há o vazio.
Mas a realidade acaba se impondo. Nenhum dos três Poderes consegue funcionar com um mínimo de eficiência. E republicanismo. Todos estão marcados pelo filhotismo, pela corrupção e incompetência. E nas três esferas: municipal, estadual e federal. O País conseguiu desmoralizar até novidades como as formas alternativas de trabalho social, as organizações não governamentais (ONGs). E mais: os Tribunais de Contas, que deveriam vigiar a aplicação do dinheiro público, são instrumentos de corrupção. E não faltam exemplos nos Estados, até mesmo nos mais importantes. A lista dos desmazelos é enorme e faltariam linhas e mais linhas para descrevê-los.
A política nacional tem a seriedade das chanchadas da Atlântida. Com a diferença de que ninguém tem o talento de um Oscarito ou de um Grande Otelo. Os nossos políticos, em sua maioria, são canastrões, representam mal, muito mal, o papel de estadistas. Seriam, no máximo, meros figurantes em Nem Sansão nem Dalila. Grande parte deles não tem ideias próprias. Porém se acham em alta conta.
Resta rir. Quem acompanha pela televisão as sessões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as entrevistas dos membros do Poder Executivo sabe o que estou dizendo. O quadro é desolador. Alguns mal sabem falar. É difícil - muito difícil mesmo, sem exagero - entender do que estão tratando. Em certos momentos parecem fazer parte de alguma sociedade secreta, pois nós - pobres cidadãos - temos dificuldade de compreender algumas decisões. Mas não se esquecem do ritualismo. Se não há seriedade no trato dos assuntos públicos, eles tentam manter as aparências, mesmo que nada republicanas. O STF tem funcionários somente para colocar as capas nos ministros (são chamados de "capinhas") e outros para puxar a cadeira, nas sessões públicas, quando alguma excelência tem de se sentar para trabalhar.
Vivemos numa República bufa. A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário. Basta ler o Estadão todo santo dia. As notícias são desesperadoras. A falta de compostura virou grife. Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. Os corruptos já não ficam envergonhados. Buscam até justificativa histórica para privilégios. O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional - e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar - proclamando aos quatro ventos seu "direito" de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada.
Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido "Triste Bahia". Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu):
triste Brasil. Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: "Pobre te vejo a ti".
É a melhor síntese do nosso país.

Marco Antonio Villa - Historiador, é Professor da Universidade Federal de São Carlos




AMA - LA