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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SOB A LUZ DE VELAS


Cidadão, num país em que não há nem sombra de cidadania, significa apenas cidade grande

Millor

CONVERSAS, CONVERSAS...

A presidente Dilma esteve hoje em Belo Horizonte. Visitou as obras do Mineirão, noticiou uma coisa aqui e outra ali. Nada de excepcional.
Ah, na hora de voltar para Brasília recebeu uma comissão dos professores do Estado em greve há 101 dias. Escutou o pessoal durante 20 minutos e, segundo eles, prometeu mediar a negociação entre grevistas e  autoridades do governo mineiro.
Pelo que entendemos, os professores reivindicam o cumprimento de Lei Federal (do tempo do Lula) que garante o piso salarial de R$ 1.187,00.
Pergunto eu, leigo no assunto: Se é questão de não cumprimento de Lei Federal, não caberia a senhora Presidente prometer mediar. Teria que mandar cumprir.
Ou então as coisas não são bem como o Sindicato grevista tem informado.
Para embolar tudo, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido do Ministério Público (MP) e considerou ilegal a greve.
A decisão foi anunciada agora à tarde pelo MP.
Segundo a decisão, os professores terão de voltar às salas de aula, já na próxima segunda-feira, sob pena de multa que varia de R$ 20 a R$ 600 mil por dia.
De acordo com o TJMG, a cada dia que o sindicato descumprir a lei a multa cresce em R$ 10 mil, sendo que a partir de quinta-feira (22) passará a ser fixada em R$ 50 mil diários, até alcançar o valor limite de R$ 600 mil por dia.
A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, afirmou que categoria não irá suspender o movimento e vai recorrer.
O prejuízo dos professores é enorme.
O prejuizo dos alunos é irreparável.
Lamentável não conseguirem chegar a um bom termo.

ER

SUPERDOSE NA SEXTA FEIRA



PIC NIC - MOONGLOW- KIM NOVAK E WILLIAM HOLDEN

A dança mais sexy do cinema de todos os tempos foi num filme de 1955.

 Kim Novak (Marge) e William Holden (Hal) dançando "Moonglow" no filme "Picnic" (1955). Nos primeiros quadros, você vê uma jovem Susan Strasberg, filha do conhecido professor de drama Lee Strasberg do "Actor's Studio". William Holden tinha 37 anos e Kim Novak tinha metade da sua idade.
Passou para  história.
 
ER

CHORAR PRÁ QUEM ?

Questão delicadíssima que tem sido tratada superficialmente pelos meios de comunicação. Falamos do roubo aos cofres particulares do Banco Itaú. Registre-se: Aconteceu em São Paulo, na Avenida Paulista, onde nascem ou morrem as pontas do arco-íris, onde ficavam escondidos os tesouros terrenos dos milionários paulistas.
Jamais serão conhecidos os bens e valores roubados.
O valor do seguro a ser pago aos depositantes pelo Banco é considerado ínfimo (próximo de R$ 15 mil). Segundo a Folha, os conteúdos de apenas dois cofres arrombados valem, juntos, cerca de R$ 12 milhões.
Num deles havia, por exemplo,um estojo feito no século 18, na Prússia, de prata com marfim, cravejado de rubis e brilhantes. Dentro, 33 diamantes brutos, do tamanho de bolas de gude, vindos de garimpos africanos e brasileiros. O estojo prussiano foi comprado num leilão em Nova York há 20anos.
Em outro estojo, de madeira com prata, havia 58 esmeraldas colombianas, com lapidações diferentes, alto grau de pureza e variando cada uma, de 1 a 3 quilates. Também havia uma coleção com 143 Rolex de ouro, um estojo com 50 diamantes lapidados na década de 1930, uma barra de ouro de um quilo, além de US$ 700 mil e Euros 300 mil.
Atenção! Tudo em apenas dois cofres. (170 unidades foram violadas)
Praticamente nada do que foi roubado está declarado. O Banco não tem conhecimento do conteúdo dos cofres.
Fico imaginando o desespero dos assaltados. Bens de estimação e reservas diversas.
Respeitando o sentimento dos prejudicados, prejuízo enorme teria tido o zelador se caso tivesse lá depositado os seus bens não declados:
Um estilingue ano 1958, com gancho de goiabeira, elástico de câmara de ar (dunlop) de pneu de bicicleta e suporte de couro de lingua de sapato B4 de soldados do batalhão.
Uma meia de algodão com 18 bolinhas coloridas de gude, dois piões de cedro (com as cordinhas). uma carretilha para acondicionar linhas de pipa, uma garrafa de cachaça Amélia (1960), Seis figurinhas assinadas (Pelé, Didi, Vavá, Zagalo, Garrincha e Mazola) das balas Equipe, um autógrafo do Mazaropi, um disco 78 rpm da dupla Cascatinha & Inhana ( ìndia e meu primeiro amor), um pente Flamengo (de osso), um espelhimho redondo de bolso (com mulher pelada na foto atrás), um par de conga azul (evidentes sinais de uso) e uma caixinha com anzóis mustad de tamanhos diversos e um canivete suiço.
Toda a minha fortuna terrestre.

ER 

EXPLICAÇÃO PARA O CONSTANTE FOGUETÓRIO

Impressiona a todos visitantes a quantidade de fogos de artifício que soltam na terrinha. Não tem hora, nem dia e nem local. Os moradores já estão acostumados e até os canarinhos nas gaiolas e cachorrinhos de estimação não se assustam.
Os mais antigos devem lembrar: até quando da morte do Getúlio Vargas, em 1954, soltaram foguetes ali pelas bandas do Bairro Avenida. Foi preciso a polícia e o exército para proteger os fogueteiros da UDN.
Soltam foguetes em batizados, casamentos, quermesses, promoções comerciais, novenas, final de missas e cultos, carnaval, carreatas e comícios políticos, inaugurações (até de muros), sucesso nos vestibulares, etc.
Democraticamente, na terrinha, o foguete é apartidário. Disparam com gosto o Chico, o Rodrigo, a Leandra, o Ulisses e com enorme entusiasmo, o Jorge.
Ficou também para a história o foguetório colorido, com explosões múltiplas, com longo tempo de duração, acontecido quando da inauguração de um investimento de origem portuguesa na terrinha. Poderia ter sido muito mais apreciado se não tivesse acontecido ao meio-dia e com o sol à pino. Não deu para ver nada. Só ouvir o barulho.
Muito embora ainda não confirmadas, explicações são apresentadas por alguns de nossos professores de história:
É do conhecimento geral que o bandeirante paulista Miguel Garcia Velho, primo distante do desbravador português Diogo Alvares Correia, que foi chamado pelos índios Tupinambás, de Caramuru (colocou fogo nas águas que na realidade era cachaça), esteve desbravando nossas terras.
Integrando a sua comitiva estavam alguns ricos portugueses moradores em Passa Quatro (possivelmente da família Gonçalves) e outros heróicos imigrantes libaneses da 25 de março, que naquela altura, estudavam o mercado mineiro.
Ao serem atacados pelos ferozes indios Puri-Coroados (onde hoje é o hotel), reagiram, disparando uma salva de tiros com seus modernos arcabuzes.
Os indios ficaram temerosos e maravilhados com os disparos. Se apaixonaram.
Essa tradição e amor pelos fogos vêm sendo transmitida de geração em geração.
Possivelmente não existe uma residência na terrinha que não tenha reservado em cima do guarda-roupa, uma caixa de foguetes caramuru (os únicos que não dão xabu), para qualquer emergência comemorativa. 
Faz sentido.

ER 

DESCONECTE-SE PARA CONECTAR



Post no Facebook feito pelo Pr. Junior Lima, pai do João.  Um puxão de orelha.

ER

DOCE BRIGITTE

Um dos quatros poemas encontrados no livro de memórias de Brigitte Bardot e publicados pelo Fabricio Corsaletti na Folha. Por falar em memórias, a BB continua na nossa.

em busca de alívio
pus-me a fazer uma coleção de palavras
agradáveis de se pronunciar -

é verdade que algumas nos enchem a boca
como se fossem de caramelo

há palavras que repetimos uma segunda vez
de tal forma são belas -
frequentemente tem um significado
banal
ou mesmo prosaico
mas sua substância é redondo, sensual, nutritiva

descobri a primeira palavra de minha coleção
pronunciando yupala
que prazer dizê-lo e repeti-lo
yupala

depois desencavei profiteroles
enche-se a boca quando se diz isso

em seguida foi douillette
é doce, redondo, dissolve-se na boca
douillette

mais tarde conheci pragmatique -
um pouco seca mas muito encantadora

Brigitte Bardot

LIVRO - PRESENTE DE AMIGO

Nunca Houve um Homem como Heleno

Craque polêmico do Botafogo dos anos 40. Tomou o barco em 1959 com apenas 39 anos. Temperamento único. Obcecado com a perfeição. Tido como intratável pelos adversários e companheiros. Não escapava ninguém.
O atacante, que se formou em Direito, nasceu em 1920, em São João Nepomuceno, e morreu esquecido em um sanatório de Barbacena  em decorrência de uma doença, a sífilis, que tinha contraído.
Boa pinta, playboy e bon vivant e um futebolista extraordinário.
O título do livro remete ao slogan "Nunca houve mulher como Gilda", que se referia à personagem de Rita Hayworth no filme "Gilda" (1946), lançado na mesma década em que Heleno brilhou nos gramados e fora deles. Os adversários (de longe) o chamavam de "Gilda"
Sua vida virou filme.
"Heleno" teve estréia mundial na última terça-feira no Festival de Toronto. Segundo a crítica, o ator Rodrigo Santoro, no papel do Heleno de Freitas, teve o melhor desempenho de sua carreira.
Leia o livro e aguarde o filme.

ER

REPÚBLICA DO MARANHÃO