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domingo, 5 de junho de 2011

FINAL DA LINHA

Deu agora no 247

Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva conversaram muito neste domingo. Ainda estão conversando. E o tema da conversa é Antonio Palocci. Os dois já chegaram a um consenso: é preciso demitir o ministro da Casa Civil, uma vez que Palocci, demonstrando um incompreensível apego ao cargo, resiste em sair por conta própria. E continua causando estragos ao governo Dilma.
Lula está em São Paulo; Dilma, em Brasília. Estava previsto um encontro reservado entre ambos, na capital federal, que foi cancelado, porque a informação vazou. As conversas de hoje foram todas pelo telefone.
Palocci também está em São Paulo. Voa para Brasília amanhã. Dilma e Lula gostariam que ele tomasse a iniciativa de pedir demissão. Mas ambos estão surpresos com o estado de alienação do ministro. Palocci considera que não cometeu nenhum crime, enquanto acumulou a atividade de consultor e deputado federal. Dilma tem sido leal ao ex-presidente Lula. Se dependesse dela, já teria demitido Palocci há muito mais tempo. Lula, que foi a Brasília no meio da crise para dizer que não se deixa "um Pelé no banco de reservas", avaliava que era possível preservar Palocci, mas foi convencido por ela.
A demissão não deve ser anunciada hoje. O mais provável é que ocorra nesta segunda-feira. 

247



EL MATADOR ESPANHOL

Rafael Nadal provou neste domingo que o melhor do mundo na atualidade ainda é ele. O espanhol superou mais uma vez Roger Federer em uma final, desta vez com mais de quatro horas de duração, conquistou Roland Garros pela sexta vez na carreira, manteve a ponta do ranking da ATP e ainda igualou-se a uma das maiores lendas do esporte.
Nadal alcançou o sueco Bjorn Borg - um dos maiores nomes do tênis de todos os tempos - em número de taças e agora divide com ele o posto de maior campeão de todos os tempos do Grand Slam francês.

Temos que ficar em pé e aplaudir.

ER

RECOMPONDO A AUDIÇÃO



LA MER

Por recomendação médica, ouviremos durante sete dias músicas, verdadeiramente músicas. Doces para os ouvidos e a imaginação. Seguimos com Django Reinhardt e Sthephane Grapelli.
Maravilha.

ER

AGORA VEM COM FIRMA RECONHECIDA

Ibaretama, cidade no interior do Ceará, assistiu na semana que passou à prisão por corrupção de 20 servidores públicos, nove deles vereadores – cinco da situação e quatro da oposição - que recebiam propinas mensais há dois anos.
O mensalinho do interior cearense nem chamaria atenção no país do mensalão não fosse o fato de o pagamento estar registrado em cartório, com assinatura e firma reconhecida.
O caso só veio a público depois de um dos vereadores ser cassado e ver rompido o acordo para a eleição da presidência da Câmara local. Como tudo estava documentado, tudo era legal, alega o edil.
A certeza da impunidade é tamanha que a gratificação informal foi lavrada em tabelião, com carimbo e ofício.
Corrupção não é novidade. Vem de longa data. Mas ano a ano as práticas de malversação vão ganhando em requinte, velocidade e volume.
Ilícitos, bandidagem e exemplos de sucesso inexplicável continuam a vir de cima, avalizados por aqueles que deveriam combatê-los. E se proliferam Ibaretamas afora.

Trecho de artigo de Mary Zaidan (Noblat)




QUESTÃO DE TEMPO

Conclusão de artigo escrito pelo Leonardo Attuch, do 247, sobre o Palocci; 

...Em 1º de janeiro de 2011, fui a Brasília assistir às posses da presidente Dilma e de alguns ministros. Fui à de Palocci, na Casa Civil, e fiquei surpreso ao ver que o PIB brasileiro transbordava daquela sala do Palácio do Planalto – a posse palocciana contou com mais empresários do que a de Dilma. E ele fez um discurso extremamente cauteloso, colocando-se sempre como “subordinado” à chefe Dilma. Jamais como primeiro-ministro, eminência parda ou coisa que o valha. Naquela multidão, fui cumprimentá-lo e fiquei surpreso, mais uma vez, quando ele me disse: “Obrigado pelo que você fez por mim”.
Confesso que não esperava nenhum tipo de agradecimento. Nas minhas conversas com fontes e amigos petistas, sempre ouvia a mesma reclamação relacionada ao ministro. “Palocci não tem reciprocidade”, diziam-me. “Pensa nele, não no partido”. Hoje, diante da revelação de que “faturou” R$ 10 milhões entre a vitória no segundo turno e a posse de Dilma, essas mesmas fontes dizem que foi, sim, apropriação indébita de recursos de campanha – e o detalhe é que o PT está oficialmente endividado. Por isso mesmo, dizem que Palocci está mais para Silvinho “Land Rover” Pereira, banido para sempre, do que para Delúbio Soares, recentemente reabilitado.
Palocci hoje está só. Ele serviu às elites imaginando que se tornaria sócio do clube. Mas os meios de comunicação, pragmáticos, já lavaram as mãos e o abandonaram. Os empresários, idem (e é muito pouco provável que a Projeto tenha clientes depois desta crise). Por fim, o PT o vê majoritariamente como um traidor. Sobraria Ribeirão Preto. Mas Ribeirão está para Palocci assim como o Maranhão está para José Sarney. Lá, ele não se elege.
Restaram-lhe apenas os seus milhões.
Que serão seus até o dia em que um procurador de coragem resolver investigar a fundo a sua evolução patrimonial.

Leonardo Attuch - 247




E SEGUE O SHOW !

Anonymous "Um do Povo"

Fico imaginando os notáveis que estiveram lá nos camarotes especiais da exposição, que em regozijos aplaudiram os sertanejos cantadores, e em sorrisos complacentes com o show do Prefeito se divertiram noite a dentro. Ah... Laudelino do PT, Dr. Ricardo, Paulino do PT e Joel da Guadalupe , que saudades do tempo em que preocupavam com os velhos doentes do asilo, que , hoje, torturados pelo estridente som do show do Prefeito rolam com suas dores esquecidas. Ah... que saudade do tempo em que, ao invés da conveniência contemplativa, entoavam discursos na defesa dos incautos que morrem nas filas, enquanto recursos salvadores para seus males são dispersos em shows eleitoreiros que tanto condenavam. Fico a pensar se os calos nos joelhos dos políticos das igrejas, por certo resultado de rezas intermináveis, foram para colarem ao poder e não para suplicarem pelos menos favorecidos. Fico a pensar nos discursos concatenados dos vereadores médico e professor, que tantas esperanças nos deram de dias melhores na política itajubense, não foram simulações para objetivos impensáveis. Pobre de todos nós, pobre dos mais pobres e mais pobres ainda dos não benditos dissimuladores.

Um do Povo

OUTRAS PREOCUPAÇÕES EXISTEM

Acompanhamos nos últimos dias a campanha da ONG Transparência Itajubá contra a possibilidade da Câmara Municipal voltar a ter 15 vereadores, como teve desde há muito tempo.
Sinceramente não entendemos tanta obstinação.
Estão confundindo o mal desempenho da atual Câmara com outras coisas. Pior, chama atenção de todos a dedicação da ONG para com o legislativo municipal, permitindo o caminhar livre, leve e solto do executivo local.
Segue tudo às mil maravilhas ? Não sei.
São  necessárias denúncias ?
Falta do que analisar ? Está aí uma denúncia do Vereador Robson Vaz contra o Prefeito Municipal junto ao Ministério Público  por possível promoção pessoal com dinheiro público.
Uma linha da Transparência sobre o assunto ? 
Situação calamitosa da saúde pública, com reclamações diárias na imprensa local, com mais de 1.000 pacientes aguardando exames. Um olhar ?
A não divulgação detalhada da desapropriação da área do Parque Tecnológico e posterior compra de parte da área pela Unifei, seguida da doação pela PMI de outro pedaço ??? . Não deve ter acontecido nenhum mal encaminhamento na confusa negociação, mas a existência de transparência torna-se fundamental. Algo sobre o tema ?
Com todo respeito à entidade e aos seus membros, dentre os quais tenho muitos conhecidos e  amigos, concordamos que as críticas ao atual legislativo procedem, mas daí virarem totalmente as costas para o que vem acontecendo no executivo soa como escolher  adversário. Isso não é buscar transparência.
Desde do caso do "volume do lixo municipal", com conclusões pouco divulgadas, os canhões transparentes se voltaram contra a Câmara e outros acontecimentos que envolvem recursos públicos, podem não estar sendo observados com a mesma dedicação.
Trata-se de uma entidade importante para o Município e com bons serviços prestados, haja visto o affair "Terreno da Câmara".
Por não ser um órgão público, está longe do alcance de ter as suas atividades pautadas por nós, meros mortais.
Mas a gente sempre espera mais.
Ninguém mais está isento de ser objeto de observações, nem mesmo nós, observadores.

ER

FRASE ABOBRINHA DO DIA

"Ele veio à público dizer o que tinha de dizer, acho que ele foi muito convincente e teve muita lealdade profissional com seus clientes e com aqueles que serviu"

Michel Temer (sobre Palocci, ontem em São Paulo)

DILMA ESCULHAMBA PALOCCI

Descontraia um pouco. Tire as crianças da sala e veja o que aprontou o kibeloco.

http://www.youtube.com/watch?v=YFOaQr-uLyw

ER

MADRUGADAS BRASILEIRAS (TAMBÉM)

ACABOU O BARULHÃO

Terminou ontem (hoje pela madrugada) o barulhão sertanejo na terrinha. Creio que, mesmo com danos, sobrevivemos. 

Do Hélio Schwartsman para a Folha

Estudos sobre felicidade indicam que o barulho piora a qualidade de vida

De acordo com os estudos sobre felicidade, se há algo que vale a pena fazer para melhorar sua qualidade de vida, é livrar-se das fontes de barulho que o cercam.
O que as pesquisas nesse campo mostram é que a felicidade é em larga medida hereditária. Eventos externos, é claro, importam, mas de forma menos dramática e duradoura do que se imagina.
Andrew Oswald avaliou o impacto de deficiências físicas causadas por acidentes e concluiu que, num primeiro momento, elas reduzem bastante o grau de felicidade. Mas, com o passar do tempo, este volta a elevar-se, até estacionar em níveis só um pouco inferiores aos registrados antes do acidente. É o que os psicólogos chamam de "adaptação hedônica".
Curiosamente, existem fatores externos que se mostram bastante resistentes à adaptação hedônica. O barulho está nessa categoria.
Estudos iniciados por David Glass nos anos 70 mostram que pessoas que precisam adaptar-se a uma nova fonte de ruídos (como a abertura de estradas), embora possam ter a sensação de acostumar-se, nunca se recuperam integralmente. Os efeitos são medidos na capacidade de concentração e no nível de estresse. Tudo piora quando os ruídos são variáveis e intermitentes.
Outros fatores pouco sensíveis à adaptação que conspiram contra a felicidade são trânsito, falta de controle sobre o ambiente e relações conflituosas com familiares.

Folha

ELES DISSERAM

O senhor acredita que a política de cotas raciais é apenas uma manifestação do assistencialismo desmedido que o senhor condena?

Sim. Sou contra qualquer tipo de cota. Se tivermos de estabelecer um critério, deve-se utilizar a renda. Uma cota social é mais justa que a racial. Os tribunais raciais que foram criados nas universidades são arbitrários. Apesar de reconhecer o sofrimento e a exclusão histórica que a população negra sofreu no Brasil, acredito que o grande problema em nosso país não é racial, mas econômico. O brasileiro é discriminado por ser pobre, e não pela cor de sua pele.

Demóstenes Torres - Na Veja

É PRECISO TER