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terça-feira, 10 de maio de 2011

É SÓ O COMEÇO

O ditador venezuelano Hugo Chávez prometeu 300 milhões de dólares em 2007 às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo terrorista ao qual forneceu apoio político e acesso territorial. Essas são algumas das conclusões de uma análise do material apreendido com o ex-líder rebelde conhecido como Raúl Reyes, divulgadas nesta terça-feira, em Londres, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

Blog: Com certeza se chegará ao Brasil.

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FRASE DO DIA


"Acredito que é melhor ser livre do que ser um escravo. Acredito que é melhor dizer o que se pensa do que mentir. E acredito que é melhor saber do que ser um ignorante."
 
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LAST POST

Deu na BBC

O texto Last post ("Último post") foi escrito pelo próprio blogueiro canadense Derek Miller para ser publicado no site Penmachine.com (http://www.penmachine.com). Um amigo colocou a mensagem no site.

"Estou morto, e este é o último post do meu blog. De antemão, pedi que uma vez que meu corpo finalmente parasse em função dos castigos do câncer, minha família e meus amigos publicassem esta mensagem que deixei preparada".
"Se você me conheceu na vida real, provavelmente você já soube da notícia por outra fonte. Mas como quer que você tenha sabido, considere esta uma confirmação: nasci em 30 de junho de 1969 em Vancouver, no Canadá, e morri em Burnabi no dia 3 de maio de 2011, aos 41 anos, de complicações do estágio 4 de câncer colorretal em metástase. Todos sabíamos que isso ia acontecer."

Não tive medo da morte – do momento em si – ou do que vem depois, que era (e é) nada. Ao longo do tempo, permaneci um tanto receoso do processo de morrer, da fraqueza e da fadiga crescentes, da dor, de se tornar menos e menos eu mesmo à medida que me aproximava dela".

"Tive sorte que minhas faculdades mentais continuaram em geral não afetadas nos meses e anos antes do fim, e não houve sinais de câncer no meu cérebro – até onde eu ou qualquer outra pessoa soubesse."

O mundo, na verdade todo o universo, é um lugar lindo, surpreendente, maravilhoso. Sempre há mais a se descobrir. Não olho para trás nem me arrependo de nada, e espero que minha família possa encontrar uma maneira de fazer o mesmo. O que é verdade é que as amei", escreveu Derek.

Casado há 16 anos e pai de duas filhas, o blogueiro era formado em biologia marinha e tinha tido experiências profissionais como músico, fotógrafo, escritor e editor.

Derek foi diagnosticado com câncer em 2007. Nos seus relatos, ele dava detalhes de sua dolorosa experiência entre pinceladas de trivialidade, como o seu gosto por Diet Cherry Coke – Coca-Cola com sabor de cereja – e a ceia de Páscoa.

O blogueiro encerra o seu post com uma declaração de amor à esposa, Airdrie, que havia conhecido 23 anos antes e com quem estava casado há 16.

"Airdrie, você foi minha melhor amiga e a pessoa mais próxima. Não sei o que teríamos sido um sem o outro, mas acho que o mundo teria sido um lugar mais chato. Te amei profundamente, te amei, te amei, te amei."

BBC


PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

TIME DE PRIMEIRA

Edson Sardinha e Fábio Góis -Congresso em Foco

Um em cada quatro senadores responde a algum tipo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos atuais 81 senadores, 22 aparecem como réus ou investigados em ações penais ou inquéritos em tramitação na mais alta corte do país. A maioria desses parlamentares com pendências na Justiça ocupa cargos de comando no Senado. Catorze deles presidem comissões permanentes, lideram bancadas ou têm assento no Conselho de Ética ou na Mesa Diretora da Casa. Alguns, até, conciliam essas funções. No total, os senadores acumulam 50 pendências judiciais: 36 inquéritos (investigações preliminares) e 14 ações penais (processos que podem resultar na condenação do acusado).

CongressoemFoco




NA LIBERDADE

Do José de Souza Martins - Estadão

Na Praça da Liberdade, em São Paulo, entre o totem do metrô e a escadaria que desce para a Estação Liberdade, existiu um dia a forca, até a extinção da pena de morte, em 1874. O que é agora a praça era o morro conhecido como Campo da Forca. Várias ruas do centro, que para lá convergiam, ainda têm o mesmo traçado: a hoje Liberdade, a Galvão Bueno, a Carlos Gomes e a Rodrigo Silva, que foi um dia a Rua da Cadeia, na atual Praça João Mendes. Os padecentes eram levados por ela ao patíbulo. Muita gente entregou a vida ao carrasco naquele canto da praça atual.
Até 1612, a forca se localizara à beira do Rio Tamanduateí, na baixada da Tabatinguera. Em 1721, o governador Rodrigo de Menezes mandou reerguê-la no mesmo lugar de antigamente, pois "matar gente era vício mui antigo nos naturais da cidade de São Paulo e seu distrito". Em 1765, já estava na hoje Praça da Liberdade. É lenda que os padecentes, antes do enforcamento, paravam para rezar na Igreja da Boa Morte. Essa igreja, da esquina da Rua da Tabatinguera, só seria construída em 1802.
A punição não se limitava ao enforcamento. Em 1821, a Câmara pagou ao barbeiro 480 reis para afiar o cutelo destinado a decapitar os condenados ali mesmo, ao pé da forca, cujas cabeças eram colocadas em caixões, em meio alqueire de sal. Os corpos eram sepultados no Cemitério dos Aflitos, na hoje Rua dos Estudantes. Um beco no meio do quarteirão termina na capelinha de Nossa Senhora dos Aflitos, de 1779, que ficava no meio do cemitério e ainda está lá. Nos caixotes, levados por capitães do mato, as cabeças peregrinavam pelas vilas do interior, para escarmento dos povos. Em 1835, as mãos e a cabeça de certo Davi, foram levadas para Sorocaba e, de lá, para Curitiba. Do mesmo modo que em 1821 as cabeças dos escravos José Crioulo e João Congo haviam sido levadas para Campinas, Itu e Porto Feliz.
Na praça ficaram as marcas do enforcamento dos militares Joaquim Cotindiba e Francisco José das Chagas, na tarde de 20 de setembro de 1821. Eles haviam liderado em Santos uma insurreição por falta de pagamento do soldo durante cinco anos! A corda, de barbante trançado, rebentou na hora da execução do Chaguinhas, sinal do reconhecimento divino de sua inocência. Contra o costume, teimou o juiz e fez enforcar o condenado com um laço de couro cru. O sacrilégio teve resposta do povo na colocação de uma cruz no local e na instituição do costume de acender ali velas, em sufrágio das almas do purgatório.
Piedade. À medida que o morro foi sendo aplainado, a cruz foi sendo deslocada até o ponto onde depois se construiria a igrejinha de Santa Cruz dos Enforcados. Não há segunda-feira em que o povo de São Paulo não acorra ao local para essa prática piedosa, mesmo sem saber que é ela um ato político e religioso que já dura quase 200 anos.

José de Souza Martins





UNIÃO ESTÁVEL