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sábado, 12 de março de 2011

SENSAÇÃO DE INSTABILIDADE

AURORA BOREAL NO ALASKA

Foto do dia (ontem 11/3) do jornal El País

FALTA DO QUE FAZER ?

Escreveu o Carlos Brickmann:

Anote o número: Lei 12.390, de 3 de março de 2011. A lei, aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, institui o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino, a ser comemorado em todo o Brasil em 27 de junho.

A lei é precisa ao definir o que é um Quadrilheiro Junino: "Considera-se Quadrilheiro Junino o profissional que utiliza meio de expressão artística cantada, dançada ou falada transmitido por tradição popular nas festas juninas". E determina: "Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de março de 2011, 190º da Independência e 123º da República". Assinam Dilma Rousseff, presidente da República, Carlos Lupi (ministro do Trabalho) e Anna Maria Buarque de Hollanda (irmã de Chico Buarque e ministra da Cultura).

Agora vai: com esta iniciativa pioneira, que exigiu a participação do Congresso e de dois ocupadíssimos ministros de Estado, inicia-se a temporada de realizações da presidente Dilma Rousseff. A Quadrilha, sempre tão criticada, sempre tão atacada, embora tão popular, finalmente encontra um lugar ao sol.

É importante lembrar, entretanto, que no dia 27 de junho, conforme a Lei nº 12.390, será homenageado apenas o Quadrilheiro Junino - aquele que toca sanfona, em volta de fogueiras, enquanto todos se servem de comidas típicas. Os demais quadrilheiros, juntamente com suas quadrilhas, continuam tendo à sua disposição todos os demais dias do ano.

Brickmann

CANTINHO DA SALA

Gustav Klimt - Farmergarden With Sunflower

ALTO RISCO

Pensando bem, não existe risco maior do que viajar nas estradas com "pista única", pelo interior de  Minas Gerais.
As pistas oferecem condições de se praticar a velocidade de 80 km/hora. Poucos obedecem  limite estabelecido, inclusive, pelo risco de serem atropelados dentro dos seus próprios veículos.
Pois bem, anotem: segundo a imprensa, apenas uma, das trinta e cinco mortes ocorridas no Estado, durante o carnaval, não foi ocasionada por uma batida frontal.
Por exemplo, de Itajubá até Pouso Alegre, numa viagem normal, você cruza no mínimo com cem veículos de todos os tipos e modelos. Isso, conduzindo normalmente, com velocidade nunca inferior a 80 km/hora.
Atente para a distância inferior a um metro entre os veículos, quando se cruzam.
Imagine-se dirigindo a 100 km/hora, num desses grandes lagos salgados americanos. Visualize um caminhão ou um ônibus vindo no sentido oposto, na mesma velocidade e com a obrigação de se cruzarem com uma distância máxima de 1 metro entre eles.
Momentos de terror.
Sempre aconteceu ? Sim, mas nunca com tantos "cabeças de bagre" dirigindo.

ER    

QUER GANHAR UM DINHEIRINHO ?

Aposte e ganhe na certeza.
O jornal "O Sul de Minas", na edição desta semana, publicou uma reportagem da Ana Paula Ribeiro sobre as despesas com viagens, diárias, etc,  da Câmara Municipal de Itajubá.
Procedimento absolutamente normal do jornal, que com certeza dará oportunidade, aos srs. viajantes mais assíduos,  de se justificarem. 
Podem apostar que a Câmara e parte dos vereadores irá cair matando em cima da jornalista e do jornal, dentro do mais puro estilo político itajubense.
O fato apresentado (que inclusive pode ser plenamente justificado) não interessa. Trata-se de um simples detalhe.

ER

NAS ESTRADAS DA VIDA

Ouvido ontem na Boa Vista:

- Ô cumpadre, caí de costa quando li no "O Sul de Minas" sobre a quantidade de viagens de alguns vereadores.

- É cumpadre, mas tem explicação. O mais viajado deles é das antigas. Não acredita em correio, em fax,  email e nem telex. O nosso "caixeiro viajante" faz questão de entregar tudo em mãos. Não sai de BH, com direito a diárias, carro com motorista e tudo o mais.. É questão de segurança. Já pensou se uma cartinha dessas extravia ?

- E o festão da posse do Ulisses lá em BH ? Foram quase todos. Comeram bolo e ainda receberam diária.

- Justiça seja feita. Segundo o Jornal, o Santi e o Avelino ainda não arredaram o pé da terrinha este ano.

ER

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

DEMOCRACIA OU COREOGRAFIA

Do Walter Bianchi, o moço de Mogi Mirim. Depois do Fransergio, o melhor jogador de basquetebol que passou pela terrinha

Por Pavarini, em 28 de agosto de 2010.

Um irônico pensador inglês escreveu certa vez, refletindo sobre a realidade política de nosso pais: A Democracia é o regime que a cada quatro anos o povo tem a liberdade de escolher quem vai mandar nele no próximo período?. Se formos honestos, temos que reconhecer que isso se aplica ao caso brasileiro. Sabemos que nos municípios nunca passamos do coronelismo ou do familismo, uma política de nepotismo, compadrio e clientelismo(e uma boa dose de perseguição), e contextos, na maioria das vezes, de extrema miséria e dependência de assistencialismo público, do analfabetismo e da ignorância. Sabemos como as oligarquias controlam o aparelho público e a mídia na sua quase totalidade, não têm interesse no desenvolvimento, pois isso concorreria para o declínio do seu domínio atual. O Estado Nacional, associado a (des)Ordem Internacional é controlado por um pacto entre a burocracia do Estado e os detentores do poder econômico e financeiro, e onde os políticos são, no fundo, seus prepostos, seus gerentes confiáveis. Mas, os donos do poder (para usar a expressão do saudoso Raymundo Faoro) precisam de uma coisa importante para governar, chamada legitimidade que é a concordância, o consentimento, o aval dos governados. Daí a importância simbólica das eleições, com partidos aos frangalhos, ideologias varridas para debaixo do tapete, e onde, publicamente, se discute apenas temas periféricos, nunca as questões de fundo, e muito menos o próprio modelo distorcido e perverso, que perpetua a chamada pirâmide social, e sua inversão representativa: o Parlamento. Se toda Democracia pressupõe um Estado de Direito, nem todo Estado de Direito é realmente democrático. Se toda Democracia pressupõe uma liberalização da sociedade civil, com distinção entre o público e o privado, e assegurar de direitos civis e liberdades públicas, nem toda sociedade liberalizada vive uma verdadeira Democracia. Exemplo claro disso é o programa eleitoral gratuito; aí estão os comícios, as propagandas, as bandeiras portadas pelos militontos (militantes politicos remunerados), e no dia previsto, um belo espetáculo cívico(eleições), quando vamos legitimar os escolhidos, vamos dar um cheque em branco, e aguardar o que vão aprontar contra nós, pois nossa vontade não vale, e qualquer tentativa de se ir além da formalidade na consulta à vontade popular, é raivosamente denunciada como um perigoso populismo, e qualquer proposta que pretenda democratizar a propriedade será taxada de anacrônica ou deliquente. As elites sabem conduzir com maestria o Estado-Espetáculo, na expressão de um cientista político francês. A Democracia é apenas um sonho; a coreografia é uma realidade!
Wartão: Isso talvez explique a ausência do poder publico em Itajubá para questões que são comentadas no Viver é Perigoso.

QUESTÃO DE EDUCAÇÃO