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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SOB A LUZ DE VELAS

A
Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.

Rubem Alves

TRAPAIADA LÔCA !

Deu hoje no jornal "O Sul de Minas" de amanhã (em Itajubá o jornal sai antes) a seguinte publicação oficial da Prefeitura Municipal:
Decreto nº 4.299 de 13 de janeiro de 2011

Retifica o Decreto nº  4.281 de 10 de dezembro de 2010.

Art. 1º - Fica retificado o art. 2º do Decreto nº 4.281 de 10 de dezembro de 2010, passando o mesmo a ter a seguinte redação: "Art 2º. O imóvel objeto da desapropriação destina-se à doação ao Frigorífico Vale do Sapucaí Ltda, para ampliação da empresa."

Blog: Imaginamos que a Prefeitura se enganou com relação ao nome da empresa a ser incentivada. Segundo o jornal "Itajubá Notícias", a razão social da empresa no decreto original seria a MAFITA (imobiliária). Tomara que o prejuízo para o município se restrinja aos R$56,43 a serem pagos pela publicação.
Desta forma, o poder público tem que agradecer a "chamada de atenção" dada pelo Itajubá Notícias.
Esse assunto ainda vai longe.

ER

PISTA ESCORREGADIA


O defeito no pé que o obrigava a utilizar uma bengala, segundo ele, com curtas e secas explicações, era de nascença. De acordo com os fofoqueiros da Boa Vista foi devido a uma paulada levada nas imediações do Beco do Saci, num de seus plantões como lobisomem.
Sei lá...
Só sei que depois de fechar a sapataria e bimbalhar os sinos da Igreja São José às seis da tarde, dava a tradicional passada no Bar Caçador para tomar umas três com Fernet. Desciam redondas.
Ás sextas, o bar lotava no final da tarde. Foi quando aconteceu a desgraça.
Conseguindo uma beirada no balcão (na Boa Vista os profissionais só bebem em pé, encostados no balcão. Mesas são para amadores e turistas), o nosso mal-humorado Procópio assumiu a sua cômoda e tradicional posição, ou seja, dava um giro com a perna direita em torno da bengala e apoiava o lado de baixo  do joelho sobre a sua curva.
É bom que se diga sobre o cuidado especial que tinha com sua lustrosa bengala. Constantemente colava um círculo de borracha (pneu) nas partes que tocavam o solo. O caminhar ficava, imagino eu, mais suave e silencioso.
Um vizinho de balcão, antes de virar um copinho de cachaça, deixou cair um gole no chão, como de costume, "pro santo".
Numa ajeitada dada pelo nosso herói, o fundo "slick" da bengala encontrou a pista molhada pela cachaça. Ali começou a derrapagem.
Procópio foi assistindo passar pelos seus olhos assustados toda o vitrine de vidro do Bar Caçador. Passaram suspiros (rosa, branco e amarelo), paçoquinhas Amor, marias-mole (morena e branca), docinhos biriba (por baixo leite e por cima cocada), enfim, todos os produtos "Confiança" fornecidos pelo Sr. Hermínio.
E continuou indo, até ultrapassar uma das portas do bar e enfiar a cabeça por dentro do "quadro" de uma bem equipada bicicleta Humber, estacionada na beira da calçada,
Durante muito tempo ficou a marca do pneu, digo, da bengala, nos ladrilhos do "Caçador".
Não se machucou, mas recusando ajuda, se levantou e erguendo a bengala como D. Pedro I no grito da independência, bradou:
Quem rir, leva porrada!

ER 

CANTINHO DA SALA

Paul Klee - Revolução do Viaduto - 1937 - Óleo sobre tela - Hamburger Kunsthalle

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ELES DISSERAM...

Eu faço as minhas coisas e você faz as suas. Não estou neste mundo para satisfazer às suas expectativas e você não está neste mundo para viver conforme as minhas. Você é você, eu sou eu. E se por acaso nos encontrarmos será maravilhoso. E se não, não há nada a fazer.

Fritz Perls

GRANDE PERDA

(Benett - Gazeta do Povo)

MAIS UM PASSO ADIANTE

Deu no New York TImes (Tradução Folha Paulo Migliacci)

Um exame de tomografia cerebral capaz de detectar as placas no cérebro que causam a doença de Alzheimer se mostrou eficaz em estudos e está em processo de análise pelo governo dos EUA.
Um comitê consultivo da FDA (agência americana que regula alimentos e remédios) está revisando a pesquisa para avaliar se esse exame deve ser aprovado para comercialização.
Um segundo estudo mostrou que um exame de sangue pode detectar a beta-amiloide, proteína que forma a placa do Alzheimer.
Segundo os pesquisadores, o teor da proteína no sangue pode estar ligado ao risco de problemas de memória. Os dois estudos foram publicados na quarta-feira pelo "Journal of the American Medical Association".
"Trata-se de duas pesquisas muito importantes", disse Neil Buckholtz, diretor da divisão de demência senil no Instituto Nacional do Envelhecimento, dos EUA.
O novo exame de tomografia cerebral usa um corante desenvolvido pela Avid Radiopharmaceuticals, agora controlada pela Eli Lilly.
O corante gruda nas placas presentes no cérebro dos pacientes e as torna visíveis em tomografias por emissão de pósitron (PET).
O estudo da Avid foi feito com 152 pessoas próximas do fim da vida que concordaram em passar por tomografias cerebrais e em terem seus cérebros autopsiados depois da morte. Os pesquisadores queriam saber se as tomografias revelariam a presença das mesmas placas exibidas por uma autópsia.
Vinte e nove dos pacientes morreram e passaram por autópsias. Em 28 casos, houve coincidência entre a tomografia e a autópsia.
Caso a FDA aprove essa tomografia, o exame pode determinar se um paciente com demência tem ou não Alzheimer. Se não tiver, os médicos terão de considerar diagnósticos alternativos.
O método também pode ser usado por empresas que estão testando remédios para remover as placas do cérebro. As tomografias podem demonstrar se os medicamentos estão funcionando.
O outro estudo, de um exame de sangue, foi conduzido pela médica Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia, com 997 participantes com idade média de 74 anos.
Eles foram acompanhados por nove anos e passaram por testes de memória e exames de sangue que buscavam beta-amiloide.
A beta-amiloide, que fica no cérebro, vai para o fluido espinhal. De lá, pode entrar na corrente sanguínea. Quando a proteína se acumula em forma de placa, seu nível no fluido espinhal cai, indicando Alzheimer.
Yaffe e sua equipe queriam saber se era possível detectar a proteína no sangue em vez do fluido espinhal.
O método é difícil: o teor da proteína no sangue é muito inferior ao encontrado no fluido espinhal, e parecem existir outros motivos possíveis para sua presença no sangue, o que confunde os resultados de teste.
Ainda assim, diz Ronald Petersen, presidente do conselho de consultoria médica e científica da Associação de Alzheimer, um teste como esse é necessário.
Caso sejam desenvolvidos tratamentos que detenham a doença, seria importante começar a usá-los antes que os danos sejam irreversíveis.
"Precisamos de uma ferramenta barata e segura para uso em larga escala, como os testes de colesterol."
A ideia seria usar esse teste para uma primeira filtragem e depois submeter as pessoas que apresentem resultados positivos a tomografias e ressonâncias, por exemplo.

NEM SEMPRE A MELHOR DEFESA É O ATAQUE

Ouvido hoje no mercado municipal:

- Ô cumpadre, ultimamente tá um tar de descascá a lenha nos ombros dos outros aqui na cidade... A gente fica sem saber quem é o certo.

- É simples, cumprade. Fica mais fácil identificar o errado. É só botar atenção no atacante.

- Como assim?

-É um tar de ter interesses contrariados...

ER

FRASE DO DIA



"Felicidade é nada mais que boa saúde e memória ruim"



Albert Schweitzer

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

(Servindo o exército na Alemanha)

FICHA LIMPA