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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PAPAI NOEL? NUNCA MAIS

Se perguntarem para o nosso João se ele gostaria de receber presente do Papai Noel, ele responde na sinceridade dos seus três anos: Eu quero presente, mas do papai noel, não.
Confesso que rompi  a amizade com o Velho Noel em 1953, por aí.
O rompimento da admiração aconteceu defronte a Bicicletária dos Prazeres, de propriedade do grande empresário, Sr. José Rosa.
Ficava na Boa Vista, é claro. Mas precisamente na Rua Miguel, quase em frente a Escola de Música e Datilografia da Dona Ruth (tudo há ver: quem bate máquina, toca piano).
Um Papai Noe falsamente gordo (aparecia um pedaço do travesseiro na lateral da barriga), com a barba de algodão descolando e usando um coturno do exército, saiu no tapa com a mulher, ou namorada,ou sogra, sobre algo envolvendo dinheiro.
O pau quebrou feio na calçada. Nunca imaginei aqueles palavrões saindo da boca do "bom velhilho".
Era PQP, FDP  e sugestões para tomar num sei o que, não sei onde ?
Assisti tudo de longe.
Depois de uns 30 minutos e a providencial ajuda do Cabo Tiãozinho, as coisas voltaram ao normal.
O velhinho sentou no trono e com um sorriso maroto, voltou a pousar para fotos (caixote Kodak) com as crianças mais corajosas empurradas pelos pais.
Reparei: a barba foi recolada de ponta cabeça.
Nunca mais.
Presentes sim. Papai Noel Tchau.
Estou com o João e não abro.

ER   

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