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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

GARRAFAS " VERDES"

Deu no El País

As grandes empresas rivais, Coca Cola e Pepsi, competem agora para ser a primeira em vender suas "cocas" em uma garrafa de plástico que não contenha derivados de petróleo. Deu no The New York Times, que elas disputam para ver quem consegue primeiro engarrafar o refrigerante em embalagem totalmente feita a partir de vegetais.
A Coca Cola, informou na semana passada que fez uma acordo com três empresas de biotecnologia - Virent, Gevo y Avantium – para acelerar o desenvolvimento de uma garrafa fabricada a partir de vegetais. Já comercializam, desde 2009, em vinte países sua famosa bebida em garrafas de PET fabricada com 30% de plantas. Querem chegar agora aos 100%. Por outro lado, a Pepsi anunciou que iniciará provas para fabricar garrafas inteiramente de bioplástico.
O PET (Tereftalato de polietileno) é um polímero formado normalmente por uns 30% por MEG (monoetilenglicol) e em uns 70% de PTA (ácido tereftálico).
A parte do MEG, é o que a Coca Cola conseguiu substituir utilizando cana de açúcar do Brasil com a marca “plantbottel”.
Para fabricar a garrafa inteiramente a partir de vegetais, teria que substituir também a parte de PTA, o que seria bem mais difícil.
A questão é: Não seria uma das tantas operações de marketing que não levam a nada? Por que seria interessante uma garrafa feita com 100% com plantas ?
Segundo a Coca-Cola, com a fabricação desde 2009 de 10 milhões de garrafas feitas com 30% de plantas, evitou-se a emissão na atmosfera de 100.000 toneladas anualmente de CO2.
Esta seria a parte boa. A ruim seria que a substituição de petróleo por plantas cultivadas pode gerar outros problemas graves, como o aumento dos preços de alimentos, alteração do uso das terras, etc. 

El País


2 comentários:

Aldo Gonçalves disse...

Nada. Coca-cola boa é em garrafinhas de vidro. E por falar em garrafa, agora não é mais necessário placas de aviso de radar nas estradas. Beleza. Os policiais avisam quando vão dar “batidas”? Que fazer então? Simplesmente respeitar a velocidade para cada tipo de estrada, pois nem placas de limites serao mais obrigados a colocar. Releiam o artigo 61 do CBT: automóveis, caminhonetes e motocicletas devem trafegar no máximo a 110km/h; ônibus e micro-ônibus a 90km/h; demais veículos a 80km/h; e, nas estradas de terra, 60km/h para todos. Onde as velocidades forem menores, aí sim, colocam-se placas. Acredito que, quando o bolso doer, os motoristas imprudentes vão “maneirar”, e as mortes nas estradas vão diminuir.

Anônimo disse...

Não justifica o posicionamento do El Pais. O Brasil é um dos únicos paíse que possui área de plantio suficiente para atender a produção de energia e não afetar a produção de alimentos.

O Plano Nacional de Agroenergia estima como área potencial agricultável para a ampliação do cultivo com fins energéticos algo em torno de 200 milhões de hectares, nos quais estão incluídos a recuperação de áreas degradadas, reconversão de pastos e reflorestamento da Amazônia com palma. O plano também considera necessária e ao alcance dos objetivos a construção de toda uma infra-estrutura e uma logística capaz de permitir a eficiência da produção e escoamento. Dados disponibilizados pela Embrapa e IBGE mostram que a área total do território brasileiro é de 851 milhões de hectares. Deste total, 47% (402 milhões de hectares) têm potencial agricultável e apenas 15% desta área (62 milhões de hectares) são utilizados para o cultivo de lavouras. As florestas nativas e biomas ocupam cerca de 51% do território (440 milhões de hectares), sendo que a Amazônia Legal abriga 79% (350 milhões de hectares) de nossas florestas. Os dados permitem inferir que existem 340 milhões de hectares viáveis para utilização na agricultura, porém, é necessário ressaltar que parte desta área é hoje destinada à pastagem. Nesse contexto, estima-se haver algo em torno de 90 milhões de hectares de terras disponíveis para a agroenergia. Considerando a possibilidade de culturas energéticas na safrinha, acrescentar-se-ia a estes valores 26 milhões de hectares apenas sobre os 62 milhões de hectares da área cultivada. A safrinha que ocorre no intervalo do ano onde a safra principal já foi colhida ocupa hoje apenas 13,8 milhões de hectares.

http://www.cebds.org.br/cebds/mc-publicacoes_files/Biocombustivel__portugues.pdf