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terça-feira, 18 de outubro de 2011

SOB A LUZ DE VELAS


Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa



3 comentários:

Anônimo disse...

Edson,

Como é bom reler esses poemas do Fernando Pessoa. Aí vai um outro também muito interessante :

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa

Um abraço.

Humberto.

P.S.: Não tenho participado do blog, mas tenho lido todos os dias. Parabéns pela dedicação e insistência na " zeladoria " do Viver é perigoso.

Edson Riera disse...

Caro Humberto,

Estava preocupado com a ausência de notícias. Pensei até que você tinha voltado para a Rússia ou Turquia.
Abração

zelador

Wartão disse...

Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida...
Bob Marley