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sábado, 29 de outubro de 2011

REVOLUCIONÁRIOS ENJOADOS


Fidel Castro, comprou de um milionário americano que vivia na Cidade do México, com ajuda de doações, uma embarcação de trinta e oito pés chamada Granma. O barco tinha capacidade para levar no máximo 25 pessoas em segurança. Em 25 de novembro (1956), com Fidel, seu irmão Raul, o médico argentino Che Guevara e mais 79 revolucionários cubanos, o Granma deixou Tuxpan, no Golfo do México, para invadir Cuba. Encontraram fortes ventos e águas turbulentas. A viagem deveria levar cinco dias. Levou sete.
Havia poucos marinheiros experientes no navio,e quase instantaneamente os rebeldes ficaram violentamente enjoados. Che Guevara, médico do grupo, procurou freneticamente pílulas para enjoo, mas não encontrou nenhuma. Sobre a viagem, Guevara escreveu:
"O barco todo ficou com um aspecto ao mesmo tempo ridículo e trágico. Homens com rostos angustiados seguravam suas barrigas, alguns com suas cabeças em baldes,outros deitados nas posições mais estranhas, imóveis, suas roupas encharcadas de vomito". Outro relato descrevia os membros da tripulação "cagando nas calças".
A certo ponto começou a entrar água no barco. Parecia que havia um vazamento, então, apesar de haver pouca comida, a tripulação começou a jogar rações e suprimentos no oceano para deixar mais leve a carga.
Chegaram à praia (lama e mangue), às 04:20 do dia 2 de dezembro. Segundo Guevara, não foi um desembarque, mas um naufrágio.
Três dias depois, cansados e famintos, foram surpreendidos por um ataque das forças governamentais do ditados Fulgêncio Batista.
Resultado: Dos 82 revoltosos, tão somente 16 escaparam. Entre eles, Fidel, Raul e Che Guevara.

O resto da história todos sabem.

(trecho do livro "Noturno de Havana" - T.J. English)

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