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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O TAL DE MERCADO

Mudanças de planos, alteração de cronograma, são aspectos normais numa empresa, quase sempre provocados por turbulências no mercado. A desaceleração na economia é uma realidade. Só não vê quem não quer.
E o que nós da terrinha temos com isso ? Muito.
A imprensa noticiou que a CSN (siderúrgica nacional) vai empurrar para 2020 o prazo para conclusão dos investimentos de R$ 11 bilhões prometidos para os municípios de Congonhas e Arcos, em Minas Gerais, anteriormente previstos para 2013, conforme protocolo de intenções assinado entre a empresa e o governo do Estado.
Nenhum dos projetos divulgados saiu do papel e a empresa agora faz nova promessa. Em informação transmitida pela assessoria da CSN, os números da produção inicial prevista foram reduzidos. Também, não faz mais menção ao investimento em uma central de beneficiamento e distribuição de aço, que em 2007 integrava o pacote de investimentos e consumiria R$ 20 milhões.
Nós nessa: Pelas poucas informações divulgadas, o projeto da Siemens na terrinha visava a produção de motores de grande porte e equipamentos outros para mineração.
Daí...
Fenômenos corriqueiros do mercado e superáveis. Só não é correto contar com o ovo antes da galinhar botar.

ER

Um comentário:

Anônimo disse...

Um pouco mais da metade do produto gerado pela CSN é destinado para o mercado externo. Daí explica-se o retardamento do investimento.
É importante ressaltar que o mercado brasileiro crescerá abruptamente, principalmente com relação ao mercado de óleo&gás. É sabido que, só a Petrobrás investirá mais de 80 bilhões de reais em 2012 - Parte disto já está em licitação como novas plataformas, refinarias, etc.
Esse mercado será o maior consumidor de material elétrico de nosso país, principalmente com relação a motores elétricos (seja de alta, média ou baixa tensão). É lógico que nínguem debaixo do sol está totalmente protegido contra movimentações do mercado, mas posso afirmar-lhe com convicção que, se essa maré for a "verdadeira" justificativa da Siemens para atrasar ou abortar o projeto de Itajubá, a empresa WEG daria gritos de alegria. Não há concorrência no Brasil para os meninos alemães fabricantes de Santa Catarina para motores de área classificada. Só esse mercado já justifica o investimento na terrinha porque a Petrobrás e qualquer outra operadora abaixo do guarda chuva da ANP (inclusive a turma do X) exige conteúdo nacional em seus empreendimentos.

Como sabemos, um mercado puxa o outro. A indústria brasileira está aquecida no momento, tanto por causa destes citados acima como por causa dos maciços investimentos estruturais para copa, olimpíadas, etc. Isso nos dá um último respiro antes de qualquer tragédia econômica.

Sabemos que turbulências sempre vão existir na vida, mas os que enxergam depois da curva conseguem passar pelas dificuldades com menos medo e mais confiança.

Estou aguardando para ver se os executivos da Siemens realmente são dignos de ocupar nossa grande terrinha, revelando-se mais por atos do que por palavras.

Torço para que sim.