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domingo, 11 de setembro de 2011

CORRER PARA VIVER

Deu no jornal O Tempo.

Cassio Diniz, 32, começou a correr há três anos porque queria emagrecer. Cristina Leão, 37, entrou no esporte em 2009 por influência do cunhado. Leonardo Baptista, 37, pratica corrida desde 2007 para controlar a pressão arterial. Todos eles se apaixonaram pelo esporte e hoje ajudam a sustentar uma indústria que, só em artigos esportivos, movimenta R$ 2,5 bilhões por ano no Brasil, segundo a Movimento pela Livre Escolha (Move), uma coalizão empresarial que reúne os maiores representantes do setor.
O montante corresponde à metade dos gastos com calçados, vestuário e equipamentos em todas as modalidades esportivas no país. A corrida é o segundo esporte mais praticado no Brasil, só perdendo para o futebol. Nos últimos quatro anos o número de corredores amadores mais do que dobrou, passando de 2 milhões para 4,5 milhões. Para atender a tanta gente, o mercado passou a oferecer produtos mais atrativos. "Há um volume grande de produtos que permitem uma prática esportiva com mais conforto e sem lesões", afirma o diretor executivo da Move, Gumercindo Neto.
Entre as inovações, roupas e bonés já com filtro solar, tênis adequados a cada tipo de pisada
e que absorvem impacto, e outros avanços tecnológicos, que fazem do praticante de corrida um bom mercado para a indústria. O perfil desse tipo de esportista também contribui para o volume de gastos: em geral, são pessoas acima dos 30 anos e com bom poder aquisitivo.
Além de roupas e equipamentos, esses atletas amadores gastam com assessorias esportivas, inscrições em provas e viagens para participar de corridas no Brasil e até no exterior. Eventualmente, o corredor também investe em um acompanhamento nutricional e musculação para melhorar os resultados obtidos com a prática esportiva.
No caso da analista de sistemas Cristina Machado Leão, a conta mensal com assessoria Endorfina e musculação é de R$ 230. Três vezes por ano ela desembolsa mais R$ 80 para consultas com nutricionista. E quase todo fim de semana tem a despesa de R$ 70, em média, para se inscrever em provas, que acontecem em quase todos os domingos.
A maioria das competições ela disputa em Belo Horizonte, mas, para algumas é preciso viajar. Hoje, por exemplo, ela está na capital argentina, para disputar a meia maratona de Buenos Aires. Como está de férias, Cristina vai ficar uma semana na cidade. "Muitas vezes eu viajo só para correr", diz ela, que não pretende largar o esporte tão cedo. "Quero ficar velhinha e continuar correndo", afirma.

O Tempo

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ER

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