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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

TOMOU O BARCO


Até parece que estão programando um grande encontro musical no céu. Na última segunda-feira, aos 75 anos, também tomou o barco, no México, o cantor Enrique Cáceres Méndez, vocalista do Trio Los Panchos, os reis do bolero.
Enrique Cáceres chegou a ser a primeira voz dos Los Panchos, fundado em Nova York 1944 e se tornaram responsáveis pela popularização do bolero.
Cáceres nasceu em 1934 na cidade de Mérida e se integrou a formação do trio nos anos 60 .
Com o Los Panchos, Cáceres gravou mais de duzentas canções, além de discos com cantores famosos como Eydie Gormie e Gigliola Cinqueti.
Faziam parte do trío Los Panchos original, os mexicanos Alfredo El Güero Bojalil Gil, José de Jesús Chucho Navarro Moreno e o portoriquenho Herminio Avilés Negrón. Ao largo dos anos, a formação foi se renovando.
Los Panchos marcaram uma época da música romantica latinoamericana nos anos 50, cantando suas músicas de amores e desamores.
Do espetácular álbum com Gormie constam alguns dos mais renomados êxitos do trio, como "Piel Canela", "Nosotros", "Caminemos", "Sabor a mí" e "Noche de Ronda".

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Um comentário:

Anônimo disse...

Hoje... por acaso encontrei um recorte de jornal, datado de 1984.
Era uma homenagem do nosso vizinho, perante a morte do amigo.
Será que os vizinhos de hoje, ainda são tão vizinhos assim?
Transcrevo-o:

O meu vizinho do 48

O meu vizinho do 48 foi-se embora.Empreendeu a viagem sem volta. Aconteceu no dia 15.
Não creio que ele tenha chegado a saber de onde viera e para onde foi.
Deixou vestígios de sua passagem pelo mundo. Palpáveis.
Muitos filhos, muitos netos. Realizou-se na perpetuação da espécie; no crescei-vos e multiplicai-vos.
De alguns meses a esta data, era raro o dia em que não fosse visto refestelado numa poltrona do alpendre de sua casa, bem na frente da casa em que moro.Boa disposição. Boa aparência.. Porte garboso. Parecia estar ótimo.
Jamais me passou pela cuca, que ele, consciente disso, estivesse com seus dias contados.
É que, por certo, ele usava uma espécie de disfarce, com o qual conseguia adiamentos vários,assim como manter, nos que com ele se avistavam, a impressão de que estava bem. Muito bem mesmo!
Agora...a poltrona diuturna e frequentemente ocupada, está vazia. Não mais vida esfuziante. Só a tristeza e a nostalgia ante o inelutável, inescapável.

A poltrona do vizinho está vazia
Quem a enxergava tomada,
Toda ancha, por sentir-se requestada,
Não há negar; é envolvido
Pelas brumas da tristeza e nostalgia

(Djarmo Henriques, vizinho do 43)

De Mahbet1