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quinta-feira, 14 de julho de 2011

O BARCO PARTIU E DAI ?

Se passar uns dois ou três dias sem novidades postadas no "viver é perigoso", podem mandar a sua mensagem.
Leiam o que deu no jornal "O Tempo" sobre o assunto. Comportamento gentil nos novos tempos.
ER

"DENVER, EUA. Phil Gottlieb frequentemente recebe convites para festas e churrascos no Facebook. Recentemente, uma mulher encontrou por acaso uma foto de Jeffrey Nickelson em sua página do Facebook e deu em cima dele.
Mas o problema é que esses dois homens faleceram há mais ou menos dois anos. As famílias deles mantiveram ativas suas páginas em redes sociais porque elas proporcionam conforto aos entes queridos e amigos que clicam nelas para uma visitinha virtual. Entretanto, isso tudo pode ficar um pouco estranho.
O Facebook alega ter 750 milhões de usuários ativos, sendo que inúmeros deles morrem todo dia. E o fenômeno da rede social mudou fundamentalmente a forma de prantear como indivíduos, famílias e comunidades. As mensagens postadas no Facebook começaram a substituir notificações por telefone, visitas ao velório ou enterro, e o envio de cartões de condolências - segundo estimativas da indústria de cartões, houve uma queda de 30% nos últimos anos. A página de rede social de uma pessoa falecida acaba se tornando um livro de condolências virtual, um velório público e compartilhado que proporciona uma oportunidade de encontro para todos que pranteiam a mesma perda.
Mudança social. Mas a infiltração das redes sociais em todos os aspectos da nossa vida vem sendo tão rápida e difundida, que ainda não existe uma etiqueta sobre como usar essas ferramentas de forma apropriada nos momentos mais difíceis da vida.
Quando uma pessoa morre, é adequado para uma família anunciar a notícia no Facebook? Os amigos devem reagir deixando uma mensagem privada ou pública? Temos a obrigação de acabar uma pessoa falecida da lista de amigos, ou isso pode ser considerado uma ofensa para os sobreviventes? A família de um falecido tem a obrigação de encerrar a página da pessoa - ou não tem problema deixá-la para sempre? É esquisito ser "amigo" de uma pessoa que você sabe que já morreu, mas cujo perfil social continua existindo?
"Esses são questionamentos realmente bons e estranhos que ainda não ponderamos", disse a consultora Amy Dickinson, cuja mãe morreu recentemente.
"Concluí, baseada na minha própria experiência, que as pessoas devem fazer o que elas quiserem fazer. Não gosto da ideia de desenvolver uma espécie de protocolo - por que aí as pessoas acharão que têm que seguir", afirma."

O Tempo


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