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quinta-feira, 23 de junho de 2011

SOB A LUZ DE VELAS


MEMÓRIA

Amar o perdido
deixa confundido
este coração

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Drummond de Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

As coisas lindas ficarão...

NOVO TEMPO!
Você já parou para contemplar a natureza? Você já acompanhou por alguns minutos a sua transformação, seus estágios, suas estações naturais, seu ritmo, sua harmonia?
Tenho lembranças inesquecíveis da minha infância, que me acompanharão por toda a minha vida...Uma delas é o "Ipê", essa árvore colorida, soberba, atraente...
Aprendi com meus pais, que essas árvores são sagradas porque,a pedido de Deus, elas devem vestir-se de festa para mostrar que a cada ano, a vida se renova no final do inverno e na chegada da primavera.
Os Ipês roxo e branco florescem entre junho e agosto; o amarelo e o rosa de agosto a setembro, cumprindo assim uma Aliança feita entre Deus e a natureza: para que eles acolhessem os pássaros que faziam seu ninho em seus galhos secos, Deus pediu que eles se vestissem de flores de várias cores para expressar o milagre de amor de Deus pela natureza e pelos seres que vivem na terra. Então,cada árvore floriu na cor do pássaro que fez seu ninho nela, agradando assim o Criador.
Felizmente os Ipês saíram das matas e sertões e irromperam no meio do asfalto.
Eu, particularmente sinto uma alegria infindável, ao chegar até minha janela e contemplar as frondosas árvores de cores diversas a enfeitar minha selva de pedra.
Dizem até , que os Ipês tem sentimentos e por essa razão cumprem ano a ano sua promessa para com Deus.
A exuberância de seu florescimento encantou namorados, escritores e poetas. Nenhuma outra árvore foi tão cantada em verso e prosa. São dezenas de poesias, contos e sonetos. Inspirou até políticos, que, elegeram o ipê-amarelo, como a Flor Nacional.

Mahbet1