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terça-feira, 31 de maio de 2011

SABE O QUE FALA

Trecho de email recebido do Roberto (General) Osório

Trecho de entrevista concedida pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho.
Sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer e filho do lendário neurocirurgião Paulo Niemeyer, pioneiro da microneurocirurgia no Brasi.
Com trinta e três anos de profissão, o Dr. Paulo entrou na Universidade Federal do Rio de Janeiro aos 17 anos. Quinze dias depois de formado, com 23 anos, mudou-se para a Inglaterra, onde foi estudar neurologia na Universidade de Londres.
De volta ao Brasil, fez doutorado na Escola Paulista de Medicina. Ao todo, sua formação levou 20 anos de empenho absoluto.
O Dr. Paulo chefia hoje os serviços de neurocirurgia da Santa Casa do Rio de Janeiro e da Clínica São Vicente, onde atende e opera de segunda a sábado, quando não há uma emergência no domingo, e ainda encontra tempo para dar aulas no curso de pós-graduação em neurocirurgia na PUC-Rio.

PODER: Existe uma discussão entre psicanalistas e psiquiatras, na qual os primeiros apostam na melhora por meio da investigação da subjetividade, e os últimos acreditam que boa parte dos problemas psíquicos se resolve com remédios.. Qual é sua opinião?

PN: Há casos de depressão que são causados por tumores cerebrais: você opera e o doente fica bem. Há casos de depressão que são causados por deficiência química: você repõe a química que está faltando e a pessoa fica bem. Numa época em que se fazia psicocirurgia existiam doentes que ficavam trancados num quarto escuro e quando faziam a cirurgia se livravam da depressão e nunca mais tomavam remédio. E há os casos que são puramente psíquicos,emocionais, que não têm nenhuma indicação de tomar remédio.

PODER: Existe alguma coisa que se possa fazer para o cérebro funcionar melhor?

PN: Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter motivação. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?

PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?

PN: O exagero. Na bebida, nas drogas, na comida. O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bem num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Você não vê contraindicações na manipulação dos processos naturais da vida?

PN: O que é perigoso nesse progresso todo é que, assim como vai criar novas soluções, ele também trará novos problemas. Com a genética, por exemplo, você vai fazer um exame de sangue e o resultado vai dizer que você tem 70% de chance de ter um câncer de mama. Mas 70% não querem dizer que você vai ter, até porque aquilo é uma tendência. Desenvolver depende do meio em que você vive, se fuma, de muitos outros fatores que interferem. Isso vai criar um certo pânico. E, além do mais, pode criar problemas, como a companhia de seguros exigir um exame genético para saber as suas tendências. Nós vamos ter problemas daqui para frente que serão éticos, morais, comportamentais, relacionados a esse conhecimento que vem por aí, e eu acho que vai ser um período muito rico de debates.

Poder: Você acredita em Deus?

PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando você acaba de operar, vai até a família e diz: "Ele está salvo". Aí, a família olha pra você e diz: "Graças a Deus!". Então, a gente acredita que não fomos apenas nós.

Email (trecho) recebido do Roberto (General) Osório

ER

Um comentário:

Anônimo disse...

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