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domingo, 15 de maio de 2011

NUNCA VI NENHUM REMORSO


Ex-soldado do Exército Vermelho de origem ucraniana, feito prisioneiro pelos alemães em 1942, John Demjanjuk foi considerado culpado por cumplicidade na morte de 28.060 judeus no campo de extermínio nazista de Sobibor, em 1943.
Para a corte, não há nenhuma dúvida de que o acusado foi treinado pela SS, perto da pequena cidade polonesa de Trawniki, antes de ser designado por seis meses como guarda para esse campo “destinado unicamente ao aniquilamento dos deportados”, principalmente holandeses.
Pela primeira vez desde o início de seu julgamento, John Demjanjuk tirou seus pesados óculos escuros diante do espocar dos flashes. Um gesto visto como a bravata final de um homem de 91 anos que acaba de ser condenado a cinco anos de prisão por um crime abominável, mas libertado por seus juízes enquanto aguarda a validação do veredito pelas autoridades judiciárias alemãs.
Numa entrevista à Spiegel, foi perguntado para Ulrich Maass, um dos promotores públicos alemães mais importantes contra crimes de guerra nazistas:
 - Você lidou com dezenas de homens que cometeram assassinato durante a era nazista. Existe algo parecido com o criminoso nazista típico, e como ele se sente em relação a seus crimes?
- Eu nunca vi nenhum remorso. A desculpa comum é que eles agiram de acordo com a lei, como se não houvesse nada como uma proibição maior contra matar pessoas. Havia sádicos, mas eles não eram a norma, que costumava ser o auxiliar comum. Era um grupo grande de pessoas que estavam preparadas para fazer qualquer coisa.

Der Spiegel








Um comentário:

Anônimo disse...

Esse sujeito ai é o Paulo Ernesto...